Na data em que se celebra mundialmente o Dia do Meio Ambiente, o líder da Oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, fez duras críticas à política ambiental do governo estadual. Citando problemas em todas as regiões do Estado, o parlamentar alertou que nada, além de oficinas e simpósios, tem sido feito nos últimos dois anos e meio pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade e enfatizou: “A política ambiental do governo de Pernambuco se resumiu à distribuição de cargos comissionados”.
“A secretaria não conta, mesmo após dois anos e meio de sua criação, com quadro efetivo, possui apenas cargos comissionados. O que a gente analisa é que a política ambiental do Estado está se restringindo a uma distribuição de cargos comissionados e não a uma efetiva política a ser implementada. Isto demonstra efetivamente que a velha política, tão criticada pelo governador, está sendo praticada quando se refere à política de meio ambiente no Estado de Pernambuco. Um discurso tão diferente da realidade e da prática”, criticou Daniel.
O líder da oposição questionou ainda a falta de ações do governo e da secretaria de Meio Ambiente no Estado. “Hoje, no Dia Internacional do Meio Ambiente, em mais um de seus atos de promessas a não serem cumpridas, o governo faz o anúncio de um planejamento de sustentabilidade com investimentos na ordem de mais de 200 milhões de reais. Vejam bem: o governo chega ao seu sétimo ano sem executar praticamente nenhuma política ambiental para o Estado e, agora, apresenta um planejamento que, efetivamente, não vai ser colocado em prática. Mais uma vez, a política ambiental do Estado fica nas palavras, nas promessas e nos compromissos para o futuro. No presente, vemos muito pouco sendo feito”, enfatiza.
Em seu discurso, Daniel Coelho elencou uma série de problemas ambientais conhecidos pelo governo do Estado, mas que parecem esquecidos – já que pouco, ou nada, tem sido feito para solucionar. “No Sertão temos um problema sério de deterioração no Araripe, que era uma região arborizada, mas que, para a sustentação do polo gesseiro, a lenha tem sido utilizada como matriz econômica, o que tem acelerado o processo de desertificação da região. Esse é um problema conhecido pelo governador, mas que não tem sido enfrentado”, citou, lembrando ainda outras questões, como a do Rio Capibaribe, que passa por um processo destruição desde sua nascente, no Agreste, até uma perigosa dragagem, no Recife, realizada sem licença ambiental e que está retirando material contaminado, como mercúrio, de suas águas.
Por fim, citou o que seriam as duas únicas conquistas ambientais do governo estadual – frutos, justamente, da ação da oposição. “Se formos falar de conquistas ambientais para o Estado, existem duas, que são conquistas da oposição desta Casa. Elas se referem à desistência do governo do Estado de conceder a licença para a instalação de uma usina nuclear em Itacuruba e para fazer uma usina termelétrica a óleo na cidade do Cabo. Essas foram as duas maiores conquistas do governo: ter ouvido a oposição, a pressão popular, e ter compreendido que o momento não era para investir em energia nuclear ou investir numa termelétrica a óleo”, concluiu.
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