Informei, há pouco, ao amigo Augusto Coutinho, presidente do Solidariedade, a decisão de não disputar este ano. Saio da eleição, sigo na política. Estaremos juntos na campanha para fortalecer o partido.
Pela primeira vez, depois de 35 anos de mandatos consecutivos, não disputarei nenhum cargo nas eleições 2018.
Mesmo tendo registrado a candidatura, dentro do prazo legal, e seguindo todos os trâmites através do Solidariedade (SD), meu partido, tomei a decisão de não concorrer.
Saio apenas da eleição. Sigo firme na atividade política, com ou sem mandato. Desde a época de estudante, na Faculdade de Direito do Recife, essa atividade sempre fez parte da minha vida e da minha história.
Vou me engajar na campanha para fortalecer o partido, apoiando a recondução do deputado Augusto Coutinho à Câmara Federal e a dos demais companheiros aos respectivos cargos.
Desisti de concorrer por motivos pragmáticos. A Reforma Política, pela metade, que foi feita cheia de remendos, é nociva e limita a competitividade.
Já houve alguns avanços, mas não o suficiente para eliminar, de uma vez por todas, vícios e reduzir custos em patamares aceitáveis.
No tempo em que estive no mandato de deputado federal, de 1999 a 2018, fui um defensor de uma transformação ampla no sistema político brasileiro, que considero exaurido e carente de uma ampla reestruturação.
Defendi e defendo o financiamento público exclusivo e o voto em lista flexível, o que permite, sem nenhuma dúvida, o fortalecimento dos partidos, na minha opinião um grande instrumento da política.
Mais uma vez, entretanto, o pragmatismo que impera no Congresso não possibilitou que tais propostas avançassem.
Infelizmente, não vejo para um futuro próximo perspectivas de mudanças efetivas, viabilizando a inovação necessária. Mas esse tema precisa ser enfrentado. É urgente!
Agradeço a todos os pernambucanos que me prestigiaram ao longo dos anos com o voto e a confiança. Vamos continuar nos encontrando, conversando, trocando ideias e contribuindo para mudar o Brasil.
Precisamos, afinal de contas, estar mais unidos do que nunca – pela importância crucial que se reveste as eleições deste ano.
O voto é um instrumento importantíssimo da democracia. Por mais decepções que o País tenha tido – em meio a uma onda de escândalos sem precedentes – não podemos nem devemos abrir mão dele.
É fundamental votar consciente, sendo cuidadoso na escolha de seus representantes. A tecnologia é uma aliada importantíssima para pesquisar a vida dos candidatos, saber o que pensam e o que defendem. A gente não pode, de forma alguma, abrir mão de um direito tão precioso. Vamos votar!!
Carlos Eduardo Cadoca
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