O governador Eduardo Campos decretou, nesta quinta-feira (02/5), o início das obras de duas das cinco barragens projetadas depois das enchentes de 2010 na Mata Sul pernambucana e cujo objetivo é resolver de vez o problema na região. A Barragem de Barra de Guabiraba e a de Igarapeba ainda não tinham Ordens de Serviço para a construção. Serro Azul, Gatos e Panelas completam o conjunto de barragens, num investimento total de R$ 1 bilhão. Os recursos foram pactuados entre o Governo do Estado e a União.
“Na Região Metropolitana foram necessários trinta anos para que fossem construídas as quatro barragens do Rio Capibaribe, programadas depois das grandes enchentes dos anos 70. Aqui, faremos em quatro anos as cinco barragens”, destacou Eduardo, durante seus discursos, nas quadras poliesportivas de Barra de Guabiraba e do distrito de Igarapeba, município São Benedito do Sul. Nas duas cidades, os moradores aguardavam o governador com bastante expectativa. Faixas de agradecimento eram vista por todos os lados.
Antes dos eventos, Eduardo sobrevoou a área de 132 hectares onde será construída a barragem de Barra de Guabiraba. Com capacidade de acumulação de 68 mil metros cúbicos, a Barragem de Barra de Guabiraba será responsável em conter a água do rio Sirinhaém. O investimento na obra será de R$ 56 milhões e o prazo para execução é de 15 meses. “Na cheia de 2010, choveu o equivalente a 200 milhões de metros cúbicos. Sozinha a Barragem de Serro Azul tem capacidade de segurar 30 milhões de metros cúbicos. Ou seja, uma vez e meia a quantidade de água que caiu naquela trágica ocasião”, exemplificou o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos, Almir Cirilo.
Já a Barragem de Igarapeba fica localizada no vale do rio Pirangi e vai ocupar uma área de 278 hectares (área da bacia hidráulica). A obra receberá investimento de R$ 126 milhões e também será realizada num prazo de 15 meses. Sua capacidade de armazenamento de água é de 68 milhões de metros cúbicos. Após o evento, Eduardo foi pessoalmente vistoriar as obras de reconstrução da ponte de Igarapeba, que ficou totalmente destruída durante as chuvas de 2010.
Para os municípios, as barragens são uma esperança de desenvolvimento para a região. “Além de conter as cheias, essas barragens vão mudar a realidade da Mata Sul, pois é um atrativo para empresas. Vamos também cuidar dos mananciais bem cuidados, incentivamos a piscicultura e as atividades agrícolas, levando mais empregos e renda para a população”, conclui Eduardo.
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