Os sinais da oposição na formação de uma chapa majoritária para 2018
Nas eleições de 2012 valendo-se da briga interna do PT, Eduardo Campos decidiu lançar Geraldo Julio para disputar a prefeitura do Recife naquele pleito. Ciente de que poderia ser mal interpretado numa aliança com Jarbas Vasconcelos, Eduardo utilizou uma espécie de antídoto quando decidiu que Luciano Siqueira seria o vice de Geraldo, tal como foi por oito anos de João Paulo.
Ao que parece a oposição considera organizar um palanque que possa emitir sinais para a população muito parecidos com os que Eduardo alinhavou em 2012 na disputa pela prefeitura do Recife.
Os dois principais pré-candidatos a governador pela oposição, Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho foram eleitos senadores com o apoio de Eduardo Campos mas não está descartada a possibilidade de se apresentar uma candidatura única da oposição tendo Fernando candidato a governador e Armando buscando mais um mandato de senador.
Trabalhando neste cenário, a oposição estaria avaliando convidar o ex-governador João Lyra Neto, que foi vice de Eduardo por oito anos e seu sucessor no Palácio do Campo das Princesas, para integrar novamente a majoritária 12 anos depois da vitoriosa campanha que levou Eduardo ao governo de Pernambuco.
Ter João Lyra Neto na vice seria mais do que contemplar o PSDB e o Agreste na majoritária, levaria o simbolismo de um parceiro de Eduardo para o projeto da oposição. Mais do que isso, mostrar que João Lyra, Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho, outrora aliados de Eduardo, não se sentem mais representados pelo projeto do técnico Paulo Câmara, que só chegou onde chegou porque Fernando e João apostaram em Eduardo quando ele tinha apenas 3% nas pesquisas.
Com o Agreste e o Sertão representados por Fernando, Armando e João Lyra, a oposição espera garantir a segunda vaga de senador para um grupo metropolitano e que tem força no segmento evangélico abrindo espaço para André Ferreira.
Quando Eduardo decidiu romper com Dilma em 2013 para ser candidato a presidente afirmou que não se sentia mais representado pelo projeto da então presidente, e agora a oposição se junta contra o PSB com o mesmo mote de Eduardo, afirmando que aqueles que ajudaram a construir o exitoso projeto liderado por Eduardo já não se sentem mais representados por Paulo Câmara, que na ótica deles faz um governo que não é nem sombra do que foi o de Eduardo Campos entre 2007 e 2014.
Triunfo – O governador Paulo Câmara cumpre agenda nesta quinta-feira a partir das 15 horas em Triunfo no Sertão do Pajeú ao lado do prefeito João Batista e do secretário dos Transportes Sebastião Oliveira.
Entusiasmo – Um dos maiores entusiastas da candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco é o prefeito de Serra Talhada Luciano Duque, que é considerado um dos melhores gestores de Pernambuco e já se prontificou a tocar a campanha dela no sertão.
Fragilidade – Um observador da cena política avalia que Raul Henry tem sido um político muito frágil, pois recebeu a poderosa secretaria de Desenvolvimento Econômico para tocar e não conseguiu imprimir uma agenda positiva, sendo lembrado apenas como vice-governador de Pernambuco.
Novata – Ainda sem partido definido, a publicitária Fabíola Cabral tem sido vista como pule de dez para chegar a um mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco em 2018. Herdeira do prefeito Lula Cabral, Fabíola foi a única filha que decidiu enveredar pelo caminho da política.
RÁPIDAS
Edson Vieira – O prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Edson Vieira está animado com a sua candidatura a deputado federal pelo PSDB, mas para se concretizar precisará que Bruno Araújo integre a chapa majoritária em 2018.
Ricardo Costa – Exercendo o terceiro mandato de deputado estadual, Ricardo Costa vem ampliando suas bases com vistas a 2018. Disciplinado e coerente, Ricardo vem construindo uma trajetória política de credibilidade e respeito perante os pernambucanos.
Inocente quer saber – Com quantos votos o último deputado estadual se elegerá pelo chapão da Frente Popular?
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