A respeito de questionamentos sobre sua candidatura a governadora em 2018, durante passagem pelo sertão do Araripe, a vereadora do Recife deixou claro que será candidata de todo jeito no ano que vem e que não há nenhuma hipótese de aliança do PT com o PSB em 2018, sob o argumento de que quem decide pela candidatura é a base do partido e não o diretório nacional.
Todo mundo que acompanha os bastidores da política pernambucana sabe que o PT está em constante diálogo com o governador Paulo Câmara e há um entendimento de lideranças representativas do partido, tanto local quanto nacional, de que o melhor caminho para os petistas é a aliança com o PSB em Pernambuco.
Marília e seus apoiadores devem ter esquecido que em 2012, apesar da base ter escolhido João da Costa para disputar a reeleição, o diretório nacional deu uma canetada e lançou Humberto Costa para prefeito, em detrimento de João da Costa e Maurício Rands, que disputaram as prévias vencidas por João da Costa.
Para o PT garantir o apoio à reeleição de Paulo Câmara basta que haja o entendimento que é melhor para o partido do que a candidatura de Marília, que seria a única beneficiária da candidatura própria e ainda colocaria em risco a chapa proporcional do partido, que precisa reeleger Odacy Amorim e Teresa Leitão, e eleger João Paulo para a Alepe e Humberto Costa para a Câmara Federal.
Além do risco proporcional, Marília não tem lastro para financiar uma candidatura ao Palácio, que custa caro. Uma candidatura minimamente estruturada tem cifras elevadas, e o PT não está disposto a rasgar dinheiro.
A posição de Marília Arraes tende a gerar atritos no partido e muito provavelmente poderá ter um desfecho parecido com a decisão de Eduardo Campos de negar-lhe legenda no PSB para disputar um mandato de deputada federal em 2014. A conferir!
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