O presidente estadual do PSD e deputado federal André de Paula, em participação ao programa Cidade em Foco, comandado pelo radialista Alberes Xavier, falou sobre diversos pontos, entre eles a segunda denúncia em tramitação no Congresso contra o presidente Michel Temer e toda a situação criada com a migração do senador Fernando Bezerra Coelho do PSB para o PMDB.
O deputado, que votou favorável ao prosseguimento da primeira denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara Federal, admitiu que a oposição terá dificuldade em reverter o quadro diante da segunda denúncia. “Acho que a oposição terá dificuldade de ter os 342 votos permitindo a investigação, como foi na última vez (…). Pela experiência que tenho, por esses fatores positivos da economia, por cada vez que o prazo para encerrar o mandato do presidente Temer vai encurtando, o desejo de mudar fica sendo menor. Então, esses são fatores positivos para o presidente Temer”, disse.
Visita de Kassab – O ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve recentemente em Pernambuco para anunciar algumas ações no setor de tecnologia, André de Paula destacou essa visita. “Recebi com muita alegria o presidente e ministro Kassab, que veio trazer para Pernambuco benefícios relevantes. Nós assinamos dois convênios da maior importância, um sobre a autorização para que nós possamos iniciar e concluir o processo de migração das rádios AM para FM e a outra foi com a Telebrás, com o Metrô de Pernambuco, com o Consórcio Grande Recife que é responsável pelos transportes da região metropolitana, para viabilizar internet banda larga nos BRT’s, nos corredores viários aqui na região metropolitana”, destacou.
Liderança – Ele relatou sua atuação para as conquistas anunciadas na visita do ministro Kassab e ratificou o compromisso do ministro com a direção estadual da legenda. “O ministro é presidente do meu partido, é meu amigo, eu estou com ele todas as semanas e obviamente todas as vezes que estou ao lado dele, estou sempre lembrando os assuntos de interesse de Pernambuco (…). Kassab reafirmou a minha liderança, e o fato de que a condução que o partido prestar em Pernambuco terá o apoio da executiva nacional. Quem tinha qualquer dúvida, deixou de ter, porque ele foi claro, foi afirmativo”, ratificou.
2018 – Na oportunidade, o deputado comentou as especulações em torno da possibilidade de o PSD lançar a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meireles, a presidente da república em 2018. “Em relação a essa possibilidade, de nós temos Henrique Meireles como candidato a presidente, eu quero lembrar uma frase do ex-governador Roberto Magalhães, quando ele diz que, ‘time que não joga, não tem torcida’. Então a melhor solução para qualquer partido, em qualquer eleição, é sempre ter candidato próprio”, pontuou.
FBC – Para André a saída do senador Fernando Bezerra e seu grupo da base do governo Paulo Câmara já era esperada. “É a volta dos que não foram. Na realidade, essa aliança de Fernando com Paulo, ela se deu muito mais por conta de Eduardo e pelo interesse de Fernando de chegar ao Senado. Desde o primeiro momento do governo, Fernando já mostrou de forma clara outros indicativos de que queria construir uma alternativa que passaria por ele para governar Pernambuco”, declarou.
Jarbas e PMDB – Porém, o deputado se disse indignado com atuação do PMDB Nacional em relação ao deputado federal Jarbas Vasconcelos. “Para nossa indignação, fizeram uma imoralidade, pegaram um homem como Jarbas Vasconcelos, cuja a história política se confunde com a história política do PMDB, ele fundou o MDB, ele andou pelo Brasil ao lado de Ulysses, Pedro Simon, ele presidiu o partido a nível estadual e nacional (…). É um homem íntegro, honrado, um homem honesto, uma referência ética dentro de um partido que é uma podridão só, afinal de contas o PMDB é o partido de Geddel, Eduardo Cunha, Temer, Jucá, Renan”, disse.
Dificuldades – O deputado, entretanto, prevê dificuldades para o projeto de candidatura ao governo do Estado senador Fernando Bezerra Coelho. “É um direito do senador, ele tem pretensão de ser governador ou fazer o filho dele governador. Evidente que ele tem desafios, porque ele quer ser candidato de oposição ao governador Paulo Câmara e chega em um conjunto de forças, por exemplo, onde Armando Monteiro tem uma legitimidade muito maior do que ele para ser candidato (…). Nesse ajuste para ser candidato, a pessoa pode querer, mas entre querer e poder, há uma diferença grande”, alfinetou.
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