Certos segmentos da política pernambucana e até mesmo da política nacional têm subestimado a força do governador de Pernambuco Eduardo Campos, pré-candidato a presidente da República pelo PSB.
Disputar eleição com adversidades não será novidade para o socialista, pois, em 2006 o então deputado federal Eduardo Campos enfrentou uma série de dificuldades para construir a sua candidatura a governador naquele ano. Exímio orador, com postura e eloquência de poucos, o socialista foi comendo pelas beiradas e foi ao segundo turno, nele foi eleito com vitória acachapante.
Eduardo tem couro de elefante, a política e a vida o fizeram assim. Ele é articulado, inteligente e audacioso. Ninguém consegue obter sucesso na vida se não fizer rupturas e correr riscos. Ficar na inércia pode ser mais cômodo e mais fácil, mas não leva ninguém a lugar nenhum.
É nisso que o pernambucano aposta. Romper com o PT após doze anos de fadiga material do partido é um caminho mais plausível e o mais curto para chegar à presidência da República. É bem verdade que o governador socialista vai enfrentar uma campanha como mero franco atirador, porém, já conseguiu em pouco tempo ganhar os holofotes da mídia, o que não é fácil.
Tem candidato a presidente que vive tentando ganhar espaço na mídia e quando consegue algo é uma nota de rodapé porque não significa mudança, não representa projeto, não diz a quê veio.
Se Eduardo Campos angariar, além do PSB, o apoio do PR, PDT, PTB, PPS e DEM como cogitam, o socialista obterá 27,9% do horário destinado de forma proporcional. Caso consiga os apoios do PSL e do PSC como também está sendo cogitado, esse percentual aumenta para 31,2%.
O que significa isso? Dos 25 minutos que os candidatos a presidente terão direito, um terço é dividido pela quantidade de candidatos, ou seja, se tiverem seis candidatos por exemplo, dividem-se de forma igual 8 minutos e 33 segundos, o que fica para cada um 1 minuto e 23 segundos.
Os outros 17 minutos e 07 segundos restantes são divididos de forma proporcional as bancadas. Considerando a possibilidade de Eduardo atrair estes partidos, ele teria 5 minutos e 33 segundos. Juntando os dois blocos, a candidatura presidencial de Eduardo Campos contaria com 6 minutos e 56 segundos.
Agora imagine Eduardo Campos com quase 7 minutos se conseguir esses partidos todos, aparecendo na televisão toda semana, o estrago que ele não vai fazer? Isso sem contar com os debates, dos quais ele já demonstrou ser extremamente preparado e também com o portfólio de ações implantadas em Pernambuco.
Mesmo que o pernambucano não consiga qualquer outro partido além do PSB, o seu tempo de televisão será superior a dois minutos. Marina Silva com um minuto fez quase 20 milhões de votos.
Por isso, subestimar a força de Eduardo Campos só pode ser duas coisas, ou loucura ou recalque.
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