Sob a presidência do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), a Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional debateu, nesta tarde (6), medidas para o enfretamento à crise hídrica no Vale do São Francisco e na região do reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho. Além de soluções de curto e médio prazos – como o uso de flutuantes e bombas de captação de água da barragem da usina, se necessário – Fernando Bezerra e especialistas convidados à audiência pública defenderam ações estruturantes e planejadas, como a preservação, recuperação e revitalização das nascentes dos rios que formam a bacia do São Francisco.
“Para que o Velho Chico volte a produzir água boa e em abundância”, ressaltou o vice-líder do governo no Senado, que solicitou – à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e também ao Distrito de Irrigação Nilo Coelho (Dinc) – o levantamento de possíveis soluções emergenciais e das necessidades financeiras para a execução das ações de mitigação à escassez hídrica na região.
Considerando-se a previsão de início do período chuvoso em novembro ou início de dezembro, o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, avaliou que “a situação para este ano é estável” e, por conta disso, a atual vazão defluente da Barragem de Sobradinho (entre 550 e 580 metros cúbicos por segundo) poderá ser mantida. Segundo Guillo, “as condições para 2018 vão depender das chuvas” e, com esta análise, ele também ressaltou a necessidade de ações planejadas para os próximos anos, o que foi apoiado pelo senador Elmano Férrer (PMDB-PI).
O diretor de Operações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin Neto, e o assistente da diretoria-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Fernando José França, afirmaram que o abastecimento energético à região está garantido pelas diferentes alternativas de geração de energia; especialmente, a eólica.
Amauri Silva, presidente do Dinc – em Petrolina (PE), cidade-natal do senador Fernando Bezerra – demonstrou preocupação com a eventual necessidade de racionamento de água para a agricultura irrigada; principalmente, de uva e manga. Mas, observou a possiblidade de uso dos flutuantes e bombas de captação de água já instalados no lago da Usina de Sobradinho. Também participaram da audiência pública de hoje, o presidente da Codevasf, Antônio Avelino Neiva, e o diretor de Irrigação da Companhia, Napoleão Casado.
ACOMPANHAMENTO – Relator da CMMC, em 2016, Fernando Bezerra coordenou dezenas de audiências públicas e reuniões destinadas a buscar soluções que evitassem o colapso hídrico no Vale do São Francisco. Um dos resultados dos debates e do empenho do senador junto a diferentes órgãos do governo federal foi a instalação dos flutuantes e bombas de captação de água no Lago da Usina Hidrelétrica de Sobradinho para a garantia do abastecimento à população e aos perímetros irrigados do Vale do São Francisco.
Além dos equipamentos, o senador atuou junto ao governo – principalmente, a Agência Nacional de Águas – em diferentes ações para a redução da vazão da Barragem de Sobradinho. “Uma forma de se evitar a drástica baixa do volume do lago e as repercussões deste cenário; especialmente, para a fruticultura irrigada, que, no pico da produção, emprega cerca de 250 mil trabalhadores e sustenta milhares de famílias”, explica Fernando Bezerra, que presidiu a CMMC em 2015.
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