A disputa sobre 2018 já começou nos bastidores do estado, onde o PSB do governador Paulo Câmara e o PTB do senador Armando Monteiro buscam uma aproximação com o ex-presidente Lula pra fechar o apoio com vistas a eleição do ano que vem.
No plano nacional, o PT guarda mágoas tanto do PSB quanto do PTB, dos socialistas pelo fato de terem votado pelo impeachment de Dilma Rousseff, enquanto os petebistas, mais precisamente Armando Monteiro, votaram a favor das reformas de Michel Temer.
Quando colocado na balança, o apoio petista a alguém em 2018 passará pelas melhores condições de disputa de Humberto Costa, João Paulo e Teresa Leitão, que precisam conquistar mandatos no ano que vem.
No caso do PSB a contrapartida se dará no apoio nacional ao projeto petista, que dependerá da eleição do comando do partido, onde Carlos Siqueira é favorito a ser reconduzido ao mandato de presidente e simpatiza mais com o projeto do PT.
Na conta dos socialistas, que possuem Tadeu Alencar e Danilo Cabral votando contra Michel Temer, é preferível ter o apoio de Lula em Pernambuco e por consequência a aliança com Jarbas Vasconcelos tende a ser colocada em segundo plano. O PSB considera que Lula ajuda mais o projeto de reeleição de Paulo Câmara do que a presença de Jarbas na majoritária.
Já no caso de Armando Monteiro só resta a relação entre ele e Lula, onde foi ministro de Dilma Rousseff, mas como se bandeou pra Temer na reforma trabalhista, a construção do apoio petista a ele é muito complexa de ser feita.
No fim das contas, Marília Arraes tende a ser sacrificada em prol do projeto maior, e seria convencida a tentar um mandato de deputada em 2018 em vez da candidatura a governadora, que só foi colocada pelos petistas como forma de barganhar apoio e fechar a fatura com os projetos majoritários, que hoje está pendendo para a retomada da aliança com o PSB.
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