Desde 1988 quando foi iniciada a contabilidade dos mortos em confrontos de torcidas organizadas já se foram mais de 160 pessoas no Brasil inteiro. Em Pernambuco não é diferente, quase todo ano temos pelo menos um incidente que produz vítima fatal ou que fique com uma sequela grave para o resto da vida.
Com três clubes grandes, Pernambuco possui uma das maiores assiduidades em estádio do país, Santa Cruz, Sport e Náutico sempre figuram no top 10 das maiores médias de público, seja por conta da paixão futebolística seja pelo Todos com a Nota, programa de fundamental importância para o futebol local.
O incidente do jogo do Náutico que culminou em um torcedor baleado ficando em estado grave, deixa claro a importância de banir dos nossos estádios as torcidas organizadas e até mesmo adotar numa medida drástica o jogo de torcida única.
A uniformização da Inferno Coral, Fanáutico ou Jovem facilita que os bandidos possam agir no anonimato, colocando a culpa na torcida organizada. Não adianta argumentarem que estas torcidas fazem ações sociais. Elas trazem mais prejuízos do que benefícios. Quem devolverá a uma mãe a vida do filho morto? Quem devolverá a um paraplégico por causa de uma bala nesses confrontos a oportunidade de poder andar?
Já está mais do que na hora que o Ministério Público, o Governo de Pernambuco e a Polícia Militar façam uma ação integrada para identificar esses bandidos e fichá-los, banindo-os dos estádios. Além disso, banir a própria uniformizada contribuirá para que os estádios voltem a ser do torcedor e não dos bandidos.
Além do mais, aos presidentes de Santa Cruz, Sport e Náutico, Antonio Luiz Neto, Luciano Bivar e Paulo Wanderley, respectivamente, pedimos responsabilidade com o que vocês representam para o futebol, impedindo que vocês beneficiem essas torcidas organizadas. Quem se junta com bandido, bandido é.
Pelo fim das organizadas e pela paz nos estádios, precisamos de ações efetivas dos clubes e dos órgãos públicos urgentemente.
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