Não é novidade para ninguém a dificuldade financeira enfrentada pelo Santa Cruz Futebol Clube para continuar existindo. Sobretudo pelo fato de estar perambulando pelas últimas divisões do futebol brasileiro nos últimos cinco anos.
O estádio do Arruda, a verdadeira casa do Santa Cruz Futebol Clube, é um gigante adormecido porque o custo de sua manutenção é elevado, e um clube com pouca receita como o tricolor pernambucano não tem condições de custear sozinho a manutenção do José do Rêgo Maciel.
Quem já foi ao Arruda já deve ter percebido a dificuldade imensa que o clube tem de mantê-lo pelo menos asseado, quiça intacto no tocante a sua infraestrutura. Não é problema de gestão, não é problema de boa vontade, é problema de tamanho mesmo. O estádio se tornou algo muito gigante para um clube que não possui receita fixa.
Certamente alguém vai questionar que a torcida do Santa Cruz coloca muita renda com os jogos do clube no estádio. Mesmo assim, dificilmente o clube consegue utilizar a capacidade total do estádio em muitos jogos, tendo uma média de 25 mil pessoas por jogo nos últimos quatro anos. Isso não impede que a apaixonada torcida tricolor possa se deslocar mais vinte quilômetros para assistir jogos na Arena Pernambuco.
Além disso, o Santa Cruz poderá se aproximar de cidades como Camaragibe, São Lourenço, Paudalho, Glória do Goitá, Jaboatão dos Guararapes, Moreno e Vitória de Santo Antão. Fortalecendo a sua marca de ser um clube de massas.
Porém, o principal objetivo é financeiro. Jogar num estádio que garanta, além de uma receita com renda de jogos, R$ 500 mil por mês e retirar o custo de manutenção do Arruda da moribunda situação financeira do clube já é um elevado avanço na gestão tricolor.
O estádio José do Rêgo Maciel possui uma área de 57 mil metros quadrados, considerando o valor do metro quadrado do bairro do Arruda de R$ 2,5 mil, podemos chegar a quase R$ 150 milhões o valor da casa do Santa Cruz. Se eventualmente o clube se desfizer do seu estádio, poderá aplicar em algo mais rentável, como o fortalecimento da sua marca, fazer um futebol forte, etc.
Retirando os custos de manutenção com o seu atual estádio, recebendo um aporte financeiro para jogar na Arena Pernambuco e ainda ganhando uma boa quantia pela venda do Arruda é um combo que pode trazer a redenção financeira que o Santa Cruz tanto precisa.
É óbvio que é um assunto delicado, por se tratar de paixão, de apego material a um estádio que é a casa do Santa Cruz numa área que possui o maior contingente de torcedores do clube no entorno. Mas futebol hoje em dia é feito com dinheiro e gestão. Uma coisa precisa da outra para se obter sucesso, e o clube coral na atual conjuntura não possui nem uma coisa nem outra e isso vem de muitos anos, não é nada restrito a atual administração do clube.
O assunto precisa ser discutido com argumentos sólidos e com boa vontade.
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