Marcos di Bria expõe a Câmara e também o eleitor
As redes sociais se depararam ontem com um vídeo bizarro de pouco mais de um minuto envolvendo o vereador Marcos di Bria (PSDC) que fazia uma leitura excêntrica da pauta da sessão do último dia 22 de maio. Seus aliados prontamente quiseram atribuir a uma suposta montagem do vídeo, mas logo em seguida a tese de montagem foi desmentida por conta do video na íntegra mostrando que realmente o vereador tinha sido responsável por um dos momentos mais vergonhosos da história da Casa José Mariano.
Risadas a parte, a postura de Marcos di Bria abre um precedente para uma discussão de quanto o eleitor vota mal. Pois ele está no terceiro mandato tendo atingido 7.355 votos em 2016. Escolher um vereador do nível de Marcos di Bria que se brincar não sabe nem o que significa o regimento interno da Câmara Municipal mostra que estamos longe de evoluir como sociedade para melhorar a nossa política.
Um cidadão feito Bria ter mais de sete mil votos é preocupante para um país que precisa urgentemente melhorar o nível dos nossos políticos. O vereador é a figura política mais próxima da sociedade, mas também é escolhido para fiscalizar o executivo e legislar para o bem e o futuro da cidade. Não é por ser próximo da população que o vereador tem que ser desqualificado.
Aquele vídeo não só expôs o despreparo do vereador mas principalmente o desrespeito da Casa José Mariano com todos os recifenses. Pois ele foi eleito segundo secretário, um cargo que tem funções administrativas num órgão que consome quase R$ 200 milhões anuais dos recifenses, pelos seus pares. Então ele não é um mero vereador, é mais do que isso, é integrante de uma mesa diretora que é responsável por uma quantia vultuosa do dinheiro do contribuinte que requer preparo e qualificação para cuidar bem do poder legislativo.
A presença de Marcos di Bria na Câmara e principalmente na Mesa Diretora da Casa é um sinal claro que estamos muito distantes de entender o verdadeiro papel do político para a sociedade. Cabe a população fazer uma limpeza não apenas ética pelas urnas, mas uma assepsia dos incompetentes e despreparados para serem representantes da sociedade.
Recuperação – O Ministério da Educação comandado por Mendonça Filho, reúne, nesta quarta-feira, em Ribeirão, secretários municipais de Educação para apoiar na recuperação das escolas atingidas pelas enchentes. O ministro já garantiu a liberação de recursos emergenciais para minimizar o impacto das enchentes no estado e para retomar as aulas o quanto antes.
Cobrança – Em discurso na Câmara dos Deputados, Danilo Cabral (PSB) cobrou ao governo federal a liberação dos recursos para a conclusão das quatro barragens – Panelas, Gatos, Igarapeba e Barra de Guabiraba – na Mata Sul. Essas obras resolverão o problema das cheias na Mata Sul, que em sete anos sofreu por duas vezes com chuvas fortes que provocaram estragos nos municípios da região.
Mudança – O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) repercutiu na Casa Joaquim Nabuco, uma solicitação feita ao governo do Estado para que haja uma mudança de local do Posto Fiscal do Ibó, situado na BR-316. De acordo com o parlamentar, o local atual dificulta a vida dos moradores do Distrito do Ibó, pertencente ao município de Belém de São Francisco, que passam por problemas sociais e financeiros.
Apoio – No esforço de amenizar os impactos sofridos pela população vítima das enchentes que acometeram municípios da Zona da Mata Sul e de parte do Agreste do Estado, o Governo de Pernambuco está realizando a distribuição de alimentos de pronto consumo e não perecíveis, água potável, roupas, colchões, lonas plásticas e materiais de higiene e limpeza. Já foi contabilizado pelo Gabinete de Crise – instalado no Palácio do Campo das Princesas – o envio de 24 toneladas de alimentos, 18 mil litros de água e 9 mil kg de itens de higiene e limpeza.
RÁPIDAS
Separação – O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin determinou a separação do inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB) da investigação contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB/MG). Os dois foram citados nas delações da JBS.
Enterro – Com a falta de um consenso para um substituto de Michel Temer, o enterro do governo parece voltar da porta do cemitério. Temer nos últimos dias conseguiu estancar a sangria e se não houver um fato novo que lhe deixe insustentável, ele tende a ficar no cargo até dezembro de 2018.
Inocente quer saber – Se confirmar a vitória no TSE como especulado, Michel Temer vira a página da crise criada por Joesley Batista?
William Pontes diz
O Temer será, sempre, a eterna crise. Ao mesmo tempo, como já preconizava Paulo Freire, enquanto não educar e conscientizar o povo estaremos a mercê da escolha de políticos com essas qualidades, e que Ultraman a inteligência do ser humano.