JBS deu um tiro na economia brasileira
É inegável que a figura de Michel Temer remete a alguém que sempre foi beneficiário da estrutura de poder da república, pois foi deputado federal por diversos mandatos, presidente da Câmara por três ocasiões, presidente do PMDB e vice-presidente da República por duas vezes. Há pouco mais de um ano assumiu a presidência da República após o impeachment de Dilma Rousseff, e vinha aos trancos e barrancos, mesmo com a Lava-Jato em voga criando a cada mês turbulência para o establishment político, recuperando a economia.
A semana em que completou um ano no cargo de presidente da República tinha tudo pra ser exitosa para o presidente Michel Temer, pois a inflação estava controlada, o desemprego dava sinais de diminuição, e as reformas, essenciais para a retomada econômica, estavam caminhando para o sucesso nos próximos dias, onde seriam votadas e provavelmente aprovadas no Congresso Nacional.
A delação dos irmãos Joesley e Wesley, donos da JBS, caiu como uma bomba para o Brasil, pois Joesley chegou a gravar uma conversa sua com o presidente da República no porão do Palácio do Jaburu. O teor da conversa sem sombra de dúvidas deixa Temer em maus lençóis e consequentemente numa corda bamba, sobretudo para um governo que não tinha lastro popular por ser oriundo de um processo de impeachment.
A empresa, ciente da bomba que jogaria na república, levou 80% das suas operações para o exterior, além disso, comprou um bilhão de dólares na véspera da divulgação, pois o dólar estava em R$ 3,09. Com a bomba estourada, o dólar saltou para R$ 3,34 e os irmãos metralha levaram quase R$ 250 milhões no swap cambial, o valor coincidentemente é o que foi pactuado na multa acertada com a justiça na delação.
No fim das contas os irmãos da JBS quebraram a economia brasileira, pagarão uma multa com o dinheiro que eles ganharam pela crise estabelecida, e irão viver ricos, soltos e felizes para sempre no exterior. Enquanto o povo brasileiro ficará com mais instabilidade política e econômica e viu a retomada da economia ficar cada vez mais distante. Para os irmãos Joesley e Wesley, o crime compensou com juros e correção monetária.
Contas públicas – “Onde estavam os tribunais de contas enquanto rombos fiscais bilionários eram construídos? Não falta dinheiro para os tribunais de contas. Juntos custam mais de R$ 10 bilhões por ano”, declara o procurador Júlio Marcelo, que depôs no impeachment contra a ex-presidente Dilma (PT). Presidindo agora a Associação do Ministério Público de Contas (Ampcon), ele lançará em 22 de maio a campanha #MudaTC, contra indicações políticas nos tribunais de contas e pela reforma destes órgãos.
Corrupção – No Ponto a Ponto deste sábado, que será exibido pela BandaNewsTV, à meia-noite, a jornalista Monica Bergamo e o cientista político Antonio Lavareda recebem o jornalista e consultor político Eduardo Oinegue para tratar do assunto “Corrupção e política no Brasil”. O programa é reprisado no domingo às 17h30.
Jovens – O Secretário Executivo de Criança e Juventude de Pernambuco, João Suassuna, participou, nesta sexta-feira (19), na Câmara Municipal, da posse dos 39 vereadores jovens que ocuparão o Parlamento Jovem do Recife. Um importante espaço de participação social, onde possibilita a discussão de pautas fundamentais à cidade. Na oportunidade, ao utilizar a tribuna, João destacou a importância da juventude na construção de uma sociedade cada vez melhor para se viver.
Dinheiro – De acordo com a delação da JBS, o ex-governador Eduardo Campos teria acertado R$ 15 milhões para sua campanha presidencial. Após sua morte, o prefeito Geraldo Julio teria ido à sede da empresa para pedir dinheiro para a campanha do PSB em Pernambuco em 2014. O senador Fernando Bezerra Coelho e Beto Albuquerque também teriam recebido dinheiro da empresa para suas campanhas.
RÁPIDAS
Contas – Na delação da JBS, que envolve todo o meio político brasileiro, foi dito que os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff têm contas no exterior que totalizam US$ 150 milhões. O dinheiro seria fruto de propina para bancar despesas dos ex-presidentes petistas.
Recuo – Depois de decidir abandonar o presidente Michel Temer com a informação da existência dos áudios, Bruno Araújo terminou mudando de ideia e decidiu continuar no ministério das Cidades. O único a manter a palavra foi Roberto Freire, que decidiu sair do governo em caráter irrevogável.
Inocente quer saber – As justificativas de Paulo Câmara, Geraldo Julio e Fernando Bezerra Coelho após a delação da JBS foram convincentes?
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