Fernando articula rasteira em Paulo e Geraldo no PSB nacional
O senador Fernando Bezerra Coelho já passou por vários partidos na sua vasta carreira política de quem já foi deputado estadual, deputado federal, secretário estadual, ministro e senador, tendo na sua coleção o PMDB, o PPS, o PFL, o PDS e o PSB, partido que é filiado desde 2003.
Foi no PSB que Fernando exerceu a prefeitura de Petrolina pela terceira vez e desde então já está há 14 anos na sigla, sendo um dos poucos políticos temidos e respeitados por Eduardo Campos. Com a chegada de Eduardo ao Palácio do Campo das Princesas, Fernando ascendeu na política de forma meteórica e hoje é considerado um dos políticos mais importantes de Pernambuco. Nada referente ao estado deixa de passar pelo crivo do senador, que tem respeito também em Brasília.
Neste contexto, Fernando articulou pessoalmente a derrota de Tadeu Alencar na disputa pela liderança do partido, e isso foi apenas o primeiro recado ao Palácio do Campo das Princesas. O jogo consiste em algo maior. Ele depois de ser defenestrado do governo Paulo Câmara virou um poço de mágoas com o Palácio e tem trabalhado diariamente para dar o troco.
Como se daria este troco? Seria muito mais fácil Fernando sair do PSB, se abrigar numa sigla forte e ser candidato a governador, mas ele quer muito mais do que isso. Ele quer o comando nacional do PSB e tomar o partido de Paulo Câmara e Geraldo Julio em Pernambuco, que caso se concretize será uma das maiores desmoralizações da história política do nosso estado.
O governador e o prefeito do Recife sairiam muito mais derrotados do processo do que já foram quando viram Tadeu Alencar sofrer uma derrota acachapante na disputa pela liderança do partido. Seria um caso nunca antes visto na política pernambucana, mas para FBC não existe o impossível e ninguém duvide da sua capacidade de colocar esse plano em prática.
Diálogo – O governador Paulo Câmara reuniu a bancada governista na Alepe para apresentar o cenário de 2017 para os parlamentares. Os 25 deputados presentes foram informados de que o pior já passou e que 2017 será um divisor de águas para o governo poder chegar fortalecido em 2018 para a reeleição de Paulo Câmara.
Aceno – O líder do governo na Alepe deputado Isaltino Nascimento (PSB) fez um aceno para o PT que pode desembocar em 2018. Ávidos por cargos, os petistas poderiam levar seus movimentos sociais para a base de apoio do governador Paulo Câmara e se reintegrariam à Frente Popular após serem escanteados por Eduardo Campos em 2013.
Recursos – O prefeito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral esteve ontem em Brasília reunido com os ministros Mendonça Filho (Educação) e Marx Beltrão (Turismo) para captar recursos para a cidade. Ao lado do secretário Felipe Carreras, Lula solicitou a Marx Beltrão obras de infraestrutura turística para o município, em especial a praia de Gaibu.
Distantes – Os ministros Mendonça Filho e Bruno Araújo, que volta e meia querem se colocar como majoritários em 2018 não têm sido presentes no estado. Suas respectivas assessorias sequer mandam releases frequentes sobre a atuação dos mesmos e suas atividades no ministério não são vistas nas mídias. Quem tem plano majoritário não pode dormir no ponto como eles estão dormindo.
RÁPIDAS
Candidatura – O segmento jovem do DEM, através do secretário-geral Diego Lagedo defendeu a candidatura do ministro da Educação Mendonça Filho a governador de Pernambuco no ano que vem. Mendonça tem feito um trabalho respeitável no MEC e já exerceu o cargo de governador durante nove meses. Em 2006 ele foi derrotado por Eduardo Campos no segundo turno.
Líder – A vereadora Aline Mariano (PMDB) aceitou o convite do prefeito Geraldo Julio e será mesmo a líder do governo na Câmara Municipal do Recife. Após ser rifada do secretariado do prefeito, Aline acabou tendo um posto na gestão que lhe dará grande visibilidade a partir de agora.
Inocente quer saber – Quem será o próximo pernambucano a acordar com a Polícia Federal na porta?
William Pontes diz
De fato, o FBC com o desdobramento da operação Turbulência de tornará o político mais importante de Pernambuco na manipulação dos recursos públicos desviados, especialmente no período que passou em Suape.