O Democratas foi lançado em 2007 após os insucessos com o PFL, de lá pra cá foram três eleições. Em 2008 o DEM elegeu apenas 496 prefeitos, muito menos do que o PFL havia conquistado nos anos anteriores a chegada de Lula a presidência.
Após as denúncias de corrupção com o então governador do Distrito Federal, único eleito pelo PFL em 2006, o DEM disputou 2010 sob olhar desconfiado de muitos analistas políticos, inclusive dos próprios democratas.
Foi para a disputa e elegeu dois governadores, foram eles: Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo (SC). Um aumento de 100% em relação a 2006 quando elegeu apenas José Roberto Arruda.
Enfraquecido, o DEM desmoronou com a criação do PSD, perdeu o governador de Santa Catarina, o prefeito de São Paulo e uma dezenas de deputados federais. Chegou 2012 com sérias dúvidas de existência e defesas exacerbadas de fusão ou extinção do partido.
O DEM lançou candidaturas próprias em várias capitais do país, como Fortaleza, Recife, Salvador, Aracaju, Rio de Janeiro, dentre outras. Os resultados satisfatórios para o partido foram apenas em Aracaju com a vitória de João Alves e a ida de ACM Neto ao segundo turno em Salvador.
Neste domingo ACM Neto sagrou-se vitorioso contra o PT. Emplacando uma derrota histórica ao governador Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff que se empenharam pessoalmente em derrotá-lo.
A vitória de Neto confirmou a força do Carlismo que nunca morre na Bahia. Foi uma vitória política pessoal do neto de ACM, e não do partido dele. Tal como em Aracaju que foi uma vitória de João Alves. A prova disso é que os candidatos sem expressão obtiveram resultados pífios.
O saldo final das eleições municipais mostra que o DEM elegeu apenas 277 prefeitos, uma redução de 44,15% em relação a 2008, transformando a legenda apenas na nona força partidária do país.
É fato que o DEM conquistou mais prefeituras que PR, PPS, PV e PCdoB, mas alguns desses partidos em termos percentuais aumentaram de tamanho, afinal nunca foram grandes como o PFL. Portanto, o resultado é ruim.
Mesmo assim, nem tudo são espinhos para o DEM. Com a conquista de uma capital importante para o Brasil como Salvador, o partido ganha sobrevida para negociar a fusão com outra legenda. Caso queira continuar existindo, é público e notório que a tendência é continuar caindo em termos eleitorais e políticos.
Resta saber qual será o rumo a ser tomado pelos dirigentes democratas.
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