O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) discursou na tarde desta segunda-feira (15) no plenário da Assembleia Legislativa, onde rendeu homenagens a comerciários e professores – cujos dias se comemoram hoje. No que se refere especificamente à educação, Daniel destacou o bom nível do setor em níveis federal e estadual, mas fez ressalvas à qualidade da educação nos municípios, o que faz com que o Estado viva um “sistema perverso de educação pública”.
“Infelizmente nós vivemos, aqui no Estado de Pernambuco, num sistema perverso da educação pública. Temos universidades federais e estaduais de bom nível. Temos uma rede de ensino médio estadual que se recupera e que demonstra alguns avanços. Mas, por outro lado, temos em todo o Estado, da capital aos menores municípios do interior, uma situação muito difícil na educação municipal”, afirmou, antes de completar: “E aí está o sistema perverso. É o fato de nós termos, nos primeiros anos de vida escolar, toda uma geração condenada a depois não ter uma boa sequência no seu aprendizado. Se o aluno não aprende o português e a matemática nos primeiros anos de sua vida, dificilmente ele vai aprender química, física. Dificilmente ele vai evoluir na sua formação profissional”.
Daniel destacou ainda a necessidade de se dar melhores condições de trabalho aos professores – incluindo o pagamento do piso salarial estabelecido por lei – e de se fazer uma reflexão sobre o pacto da educação no País. “Nós temos, sim, bons professores, dedicados, que querem efetivamente trabalhar, mas que não têm as condições adequadas. O Sinpro – Sindicado dos Professores do Estado de Pernambuco – chegou, recentemente, a entrar com uma ação contra dezenas e dezenas de municípios do Estado de Pernambuco que sequer pagam o piso salarial estabelecido em lei. Exatamente porque não têm recursos, porque não têm dinheiro. Nós não podemos isentar o governo federal e o governo estadual da participação do ensino municipal, das pequenas escolas espalhadas nos municípios mais pobres e menores do Estado de Pernambuco”.
De acordo com Daniel Coelho, “essa reflexão é necessária para que tenhamos um sistema de educação mais justo, que dê oportunidade às pessoas que desde o primeiro ano de sua vida escolar frequentam as escolas públicas”.
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