Temer comete erro estratégico ao fugir de possíveis vaias
Exceto aqueles que compactuam com o PT e têm o fanatismo político como meio de vida, todo mundo sabe que o processo de impeachment de Dilma Rousseff respeitou todas as normas legais e a deposição da ex-presidente se deu amparada pela Constituição Federal e chancelada pelo Supremo Tribunal Federal, portanto Michel Temer na condição de vice-presidente exerceu o direito constitucional que as urnas lhe outorgaram e assumiu o cargo de presidente da República.
Temer não só tem legitimidade juridica, como tem eleitoral e política, pois quando o eleitor votou em Dilma Rousseff sabia que ele poderia substituí-la em qualquer hipótese, inclusive num eventual impeachment, portanto o exercício da presidência da República por parte de Temer é legítimo e moral, não havendo qualquer questionamento plausível para que possa vir a impedir o seu direito de ser o presidente da República Federativa do Brasil até 31 de dezembro de 2018.
Dito isso, é importante sublinhar a falta de traquejo político do presidente ou até mesmo o excesso de zelo para fugir de vaias ao abdicar de participar do funeral das vítimas do acidente que ocorreu com a delegação da Chapecoense na última segunda-feira. E daí que o presidente da República pode ser vaiado? A grande maioria da população entenderá perfeitamente a falta de educação, de sensibilidade e de respeito com as vítimas e seus familiares por parte de quem vaiar o presidente da República num momento de grande consternação nacional. Temer ao desistir do funeral marcado pra hoje em Chapecó se mostra distante da liturgia do cargo de presidente da República, a história não respeita covardes. Temer ao não participar de um momento como este apenas por medo de receber vaias mostra que assim como sua antecessora não está à altura do cargo que ocupa.
Quando ele abdica de ir ao funeral do acidente da Chapecoense por medo de ser hostilizado ele está dando um claro recado ao povo brasileiro: o de que não tem mais a menor condição política de ser presidente da República. De nada adianta todo o seu preparo de constitucionalista, de uma brilhante carreira no legislativo, porque ele não tem o essencial que compete a qualquer homem público, sobretudo aos que ocupam a presidência da República: a coragem.
Investimento – O governador Paulo Câmara comemorou o investimento de R$ 500 milhões da empresa de medicamentos Aché em Pernambuco. A empresa irá construir uma planta industrial e um centro de distribuição em Suape, que deve ser inaugurada em 2018 e gerará cerca de três mil empregos diretos e indiretos. Esse foi o maior investimento privado no estado de 2016.
Economia – Preocupados com os rumos da economia brasileira, um grupo de senadores irá se reunir com o presidente Michel Temer na próxima quarta-feira para apresentar propostas que possam destravar a economia. Apesar de não haver um pedido pela saída de Henrique Meirelles, os senadores querem que as medidas da Fazenda tenham maior eficácia para tirar o país do buraco o quanto antes.
Resposta – Em resposta à nota sobre Caruaru na coluna de ontem, o prefeito José Queiroz afirmou que a transição com a equipe da prefeita eleita, Raquel Lyra, está acontecendo de maneira harmônica, pensando no futuro de Caruaru, e que nunca teve pretensão de indicar qualquer nome para o primeiro escalão do futuro governo.
Recondução – Prestes a assumir o mandato de deputado estadual em definitivo, Antonio Moraes tem agradado bastante os tucanos de Pernambuco e tende a continuar na presidência estadual do PSDB em 2017. A prefeita eleita de Caruaru Raquel Lyra, o ministro das Cidades Bruno Araújo e o deputado federal Daniel Coelho trabalham pela recondução de Antonio Moraes que saiu bastante fortalecido das eleições municipais.
RÁPIDAS
Noivo – O deputado estadual Lula Cabral que se elegeu prefeito do Cabo de Santo Agostinho em outubro não vê a hora de voltar a governar a cidade em janeiro. Lula está salivando com a possibilidade de voltar ao executivo, com um tesão de noivo para ser prefeito pela terceira vez da sua cidade.
Abraçados – Com a fragorosa derrota sofrida em Ipojuca após a exdrúxula aliança entre Carlos Santana e Pedro Serafim Neto, eles podem der dado um abraço de afogados na vida pública, pois tanto a reeleição de Simone Santana quanto a de Pedro Serafim Neto para a Alepe são dificílimas porque o eleitorado não entendeu a aliança oportunista que os dois grupos formaram na cidade.
Inocente quer saber – A covardia deu espaço a alguém nos livros de história?