As urnas do Recife trouxeram um resultado único em toda a história da cidade. A vitória de Geraldo Julio mostrou a força e o poder de articulação do governador Eduardo Campos que é o melhor governador do Brasil, e definitivamente pré-candidato a presidente da República.
Quem poderia imaginar que o PSB poderia se afastar do PT, lançar um candidato faltando um mês para as convenções, se aliar a Jarbas Vasconcelos e ganhar as eleições no primeiro turno?
Sinceramente, nenhum dos mais inteligentes analistas políticos adivinhariam tal façanha.
Geraldo Julio eleito prefeito mostra o cansaço do povo em relação ao PT, como também mostra o desejo de continuidade de um projeto moldado ao modelo de gestão implementado por Eduardo Campos em Pernambuco.
Não posso me considerar imparcial, declarei voto em Daniel Coelho e este saiu um gigante das urnas, declarei porque acho justo que um veículo de comunicação seja cristalino com seus leitores, mesmo correndo riscos de receber retaliações.
Daniel Coelho conseguiu, mesmo perdendo a eleição, vencer a política. Existem vitórias derrotadas e derrotas vitoriosas, a derrota de Daniel é um exemplo de que ele foi vitorioso. Quem, do mesmo jeito que achava o que falei acima sobre Geraldo Julio, achava que Daniel Coelho poderia atingir quase 28% dos votos válidos e ameaçar ir ao segundo turno da eleição desbancando o PT com Humberto Costa e João Paulo juntos? Creio que poucos.
Quem também imaginaria que o ex-governador Mendonça Filho terminasse a eleição com 19 mil votos para prefeito? Apesar de ter afirmado que ele terminaria com 25 mil votos, custava-me acreditar que ele teria somente isso na eleição, imagina 19 mil? Isso mostrou que ele é um político ultrapassado e rejeitado nas urnas.
Por fim, o PT, partido que foi vitorioso em 2000, 2004 e 2008, governou a cidade com acertos e erros, tendo em sua chapa dois políticos tarimbados e respeitados, no caso o senador Humberto Costa e o deputado João Paulo. Quem imaginaria que este partido teria 17% dos votos válidos? Eu achava que eles perderiam a eleição, mas nunca dessa forma acachapante.
Quem me acompanha sabe que eu disse que era equivocado colocar as duas maiores lideranças numa mesma chapa. Disse também que Dudu iria fazer strike no PT, não deu outra, o governador Eduardo Campos matou dois coelhos numa cajadada só.
A eleição no Recife demonstra uma consolidação do PSB que elegeu, além da capital, mais 55 cidades em Pernambuco. Vale ressaltar que o PSB nunca foi muito um partido de capital, a vitória de Eduardo Campos em 2006 começou do sertão à capital e não o inverso.
Isso mostra que o PSB está consolidado no cenário político pernambucano. O PSDB também está muito consolidado, conquistou vitórias importantes como Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Itapissuma, Santa Cruz do Capibaribe, Ipojuca e muitas outras cidades.
Outro partido que demonstrou força é o PTB do senador Armando Monteiro, emplacou prefeituras relevantes como Garanhuns, São Caetano, Tabira, dentre outras, que não têm o mesmo peso econômico das conquistas do PSB e PSDB, mas têm um caráter simbólico que demonstra protagonismo dessas legendas em 2014.
As derrotas de Fernando Filho em Petrolina e Sebastião Oliveira em Serra Talhada enfraqueceram Fernando Bezerra Coelho e Inocêncio Oliveira, mas as vitórias nas outras cidades recompensaram o governador Eduardo Campos. Derrotas meramente locais onde Júlio Lóssio e Carlos Evandro tinham aprovações elevadas e apenas corroboraram suas respectivas forças.
Fernando Bezerra Coelho com esta derrota tende a sair do jogo de 2014. No Recife, a derrota de Jarbas Filho para vereador demonstra um total esfacelamento do jarbismo, que apesar de ter se aliado ao governador Eduardo Campos, dificilmente terá papel de protagonista na eleição de 2014.
Com a vitória de Geraldo Júlio, surgem dois nomes para suceder o governador em 2014, são eles: Tadeu Alencar se Eduardo quiser investir no perfil técnico ou Armando Monteiro se Eduardo quiser dar um tom político.
Isso significa que Eduardo Campos deu um passo largo para ser candidato a presidente da República, praticamente unificando Pernambuco em torno do seu projeto visando as eleições de 2014.
Como já tinha dito em outras ocasiões, Eduardo Campos é um gênio, um verdadeiro popstar.
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