O PT era vidro e se quebrou.
Parecia que seria eterno, ganhar a Prefeitura do Recife em 2000, a presidência da República em 2002 e ser vitorioso num projeto como co-participante no governo de Pernambuco em 2006, fizeram do PT um partido relativamente forte m Pernambuco. Com uma bancada atual de três deputados federais (eram quatro com Maurício Rands), uma bancada de seis deputados estaduais, um senador e seis vereadores do Recife, o PT se tornou forte. Mas o destino quis que a única cidade do partido que era a vitrine Recife praticamente se esvaísse das mãos do partido. Isso se deu pela fogueira de vaidades alimentada pela rixa inicial entre João Paulo e Humberto Costa, as maiores lideranças do partido, posteriormente entre João Paulo e João da Costa, este no início contou com o aval do hoje senador e candidato do partido a prefeito. Por fim, os ex-rivais se uniram num projeto meramente eleitoral, que foi a disputa pela prefeitura do Recife. Cassaram o direito legítimo do prefeito João da Costa de ser candidato à reeleição e defender o legado do partido. Além disso, o Partido dos Trabalhadores envolveu a Frente Popular no contexto da fogueira de vaidades dos seus filiados. O governador Eduardo Campos que não nasceu ontem se desvencilhou do PT e lançou um candidato a prefeito. Eduardo fez uma troca clara. Optou pela aliança com Jarbas Vasconcelos em vez do PT, bem como uma aliança a nível de estado com Sérgio Guerra do PSDB. Se observarmos, apenas em Olinda o PT e o PSB estão juntos, cidades como Petrolina, Serra Talhada, Ipojuca e muitas outras importantes colocaram em lados opostos antigos aliados. O PT é um poço de problemas. Ninguém se entende. A diferença é que antes eles se uniam e brigavam pelas eleições contra os adversários. Nesta eleição isso não foi possível. Por isso o fracasso do partido, que tende a perder o Recife e o principal: perder o papel de protagonista secundário no governo do PSB. Restando como única alternativa migrar para a oposição e construir uma candidatura própria ao Palácio do Campo das Princesas em 2014. Caso não faça isto, perderá o pouco da credibilidade que ainda restou ao partido, que era vidro e se quebrou.
João da Costa – Ninguém sabe ao certo o caminho do prefeito João da Costa após entregar o cargo em janeiro de 2013, mas comenta-se que ele deva assumir posto no primeiro escalão do governo Eduardo Campos. Em termos de partido não se sabe se ele continuará no PT após as eleições.
PSB – O partido do governador Eduardo Campos sairá muito maior do que entrou destas eleições no Brasil inteiro. Briga com chances em capitais e em cidades maiores também está forte. Além disso tem crescido nos grotões do Nordeste.
Mensalão – Enquanto o PSB cresce no Brasil inteiro, o PT com o julgamento do mensalão definha nas capitais e maiores cidades. Sobram, pela força de Lula, os grotões.
DEM – O DEM está perdendo força mais uma vez nestas eleições. Perde no Recife, no Rio de Janeiro, em São Paulo (Com Serra) e em Fortaleza. Ainda tem chances em Salvador e deve ganhar em Aracaju.
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