Bruno Araújo vira ponto de convergência em Pernambuco
Apesar de ser um quadro político muito qualificado que vinha em ascensão na política, Bruno Araújo que tem apenas 44 anos até o impeachment de Dilma Rousseff trabalhava para chegar ao quarto mandato de deputado federal em 2018, quando virou ministro das Cidades passou a ser um nome para o Senado na chapa do governador Paulo Câmara, e agora há seis meses na pasta, tem se tornado o político mais assediado pelos prefeitos pernambucanos que foram eleitos ou reeleitos em 2016.
Bruno Araújo ocupa uma pasta eminentemente política, pois trata de obras de infraestrutura, mobilidade urbana, urbanismo e outras ações que além de interferir diretamente nas cidades brasileiras, suas obras também ajudam a fortalecer prefeitos perante a opinião pública. Os prefeitos que vivem de pires na mão ficam ávidos por recursos do ministério das Cidades através de convênios com o governo federal pois têm a chance de mostrar serviço aos seus eleitores.
O governador Paulo Câmara não tem deixado os prefeitos satisfeitos, pois não há nenhum indicativo de que o FEM será reeditado em 2017 por absoluta falta de caixa do governo do estado, e como a insatisfação com o Palácio do Campo das Princesas é corriqueira, os prefeitos têm enxergado no ministro Bruno Araújo a tábua de salvação para os seus problemas.
Bruno por sua vez anunciou que até 2018 concluirá todas as obras de até R$ 10 milhões em todo o Brasil, e em Pernambuco não será diferente. Como ele pretende mostrar serviço para alçar um voo maior, Bruno deverá a partir de 2017 fazer peregrinações pelo estado com o objetivo de dar visibilidade a sua pasta e consequentemente a uma cada vez mais provável postulação ao Palácio do Campo das Princesas.
Não existe vácuo de poder na política, como Pernambuco ficou órfão de um líder desde a morte de Eduardo Campos, é provável que o ministro Bruno Araújo trabalhe diariamente para ocupar esse posto e comandar o governo de Pernambuco a partir de janeiro de 2019.
Sinal – A vitória de Donald Trump ontem nos Estados Unidos mostrou que há um claro esgotamento das ideias defendidas pela esquerda mundial. A esquerda precisará se reinventar pois suas ideias ficaram ultrapassadas e perderam aderência social. No Brasil não deve ser diferente, onde a esquerda capitaneada pelo PT tende a ter muitas dificuldades nas próximas eleições.
Outsider – Um outro sinal apresentado pelas urnas em 2016 com as vitórias de Alexandre Kalil (Belo Horizonte), João Dória (São Paulo) e Donald Trump (Estados Unidos) foi a rejeição aos chamados políticos tradicionais para dar espaço aos outsiders, que são políticos fora do padrão estabelecido, geralmente com destaque na iniciativa privada. Em 2018 o Brasil poderá experimentar algo do tipo na disputa pelo Planalto.
Raul Henry – Com as férias do governador Paulo Câmara, que passará dez dias fora do cargo, o vice-governador Raul Henry será o governador em exercício durante o período. Apesar do curto tempo, Raul que é bastante conciliador poderá contribuir para distensionar a relação do Palácio com outros atores políticos.
Cartão reforma – O ministro Bruno Araújo reuniu uma romaria de políticos pernambucanos ontem para o lançamento do cartão reforma que consiste num crédito de R$ 5 mil para famílias com até R$ 1,8 mil de renda mensal comprarem material de construção num estabelecimento da sua preferência. A medida visa aquecer a economia com pequenas intervenções em moradias mais humildes.
RÁPIDAS
Violência – A bancada de oposição na Alepe liderada pelo deputado Silvio Costa Filho criticou o aumento no número de homicídios no estado. Foram 451 mortes em outubro, caracterizando o pior resultado do Pacto Pela Vida desde 2007 quando foi implementado em Pernambuco.
Silvio Costa – O deputado federal Silvio Costa teria feito a avaliação no Piantella em Brasília de que o governo Paulo Câmara já acabou. Para Silvio, Paulo não sabe exercer liderança e é governado por auxiliares que não entendem absolutamente nada de política.
Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara escolheu o momento adequado para tirar férias?
William Pontes diz
Superficiais as análises sobre o futuro governo Trump, nem começou ainda. Não enxergo, ainda, carisma para Bruno Araújo se tornar um líder. Como vai prometer mundos e fundos se vem uma PEC para conter gastos?
Jasongus diz
mumu