Aprovado o afastamento de Dilma Rousseff, contra o qual foi um dos 20 votos, o senador Armando Monteiro (PTB) declarou hoje (31) esperar que o Congresso Nacional se debruce doravante sobre as reformas econômicas “com a mesma energia que dedicou ao processo de impeachment”.
“O impeachment é um episódio passado. É hora, a partir de agora, de pensarmos no país, que está enredado numa grave crise econômica”, declarou ele, após a votação.
O senador pernambucano disse ser essencial o Congresso aprovar medidas de controle efetivo dos gastos públicos e as bases de um novo regime fiscal, que assegure o equilíbrio das contas públicas mesmo em épocas de turbulência econômica, como a atual. Segundo ele, o Congresso deve, ao mesmo tempo, votar medidas que incentivem os investimentos em infraestrutura, ampliem as exportações e estimulem a produtividade da economia.
Armando enfatizou que a aprovação do impeachment foi “um grave precedente”, que pode “se banalizar”. Na sua opinião, configurou-se “uma ruptura institucional que pode desestabilizar o sistema político brasileiro, uma nódoa no regime democrático”.
De acordo com o senador petebista, a decisão do Senado de, mesmo cassando o mandato presidencial, permitir a Dilma Rousseff exercer funções e cargos públicos, “foi uma forma de aplacar a consciência daqueles que não se sentiram confortáveis em cometer a violência completa” contra a ex-presidente da República.
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