Fernando Bezerra Coelho pisa em ovos
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) sempre acalentou o sonho de ser governador de Pernambuco e após a saída da prefeitura de Petrolina em 2007, FBC assumiu a secretaria de Desenvolvimento Econômico de Eduardo Campos com o objetivo de virar um nome estadual, além disso chegou a assumir a presidência de um clube da capital que estava afundado na lama com o objetivo de se tornar conhecido.
Tentou ser senador em 2010, mas em nome da unidade da Frente Popular acabou tendo que adiar o projeto, como recompensa virou ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff, indicado por Eduardo Campos, e fez um trabalho tão bom que foi reconhecido pela própria presidente. Na ruptura de Eduardo com o PT em 2013, FBC acabou tendo que sair do cargo e voltar para a planície, percorrendo Pernambuco recebendo títulos de cidadão em várias cidades do estado, pois recebeu carta branca de Eduardo para tentar construir sua candidatura a governador.
Por Eduardo não confiar muito em Fernando, com medo de haver um rompimento entre ambos caso FBC sentasse na cadeira de governador, ele acabou não sendo o nome da Frente Popular para o governo, mas teve como recompensa uma candidatura a senador. Fernando é um dos políticos que mais se assemelham ao estilo de Eduardo de fazer política, alguns o chamam de trator por conta da sua disposição para o trabalho, além da sua indiscutível sagacidade e inteligência rara.
Recentemente teve seu nome envolvido na Lava-Jato por supostamente ter recebido R$ 20 milhões em propina a mando de Eduardo Campos. Esse risco de ser alvejado pela Lava-Jato afastou Fernando de uma possível candidatura a governador em 2018, e por isso ele decidiu apostar na carreira política dos seus dois filhos: o deputado Miguel Coelho, que disputa a prefeitura de Petrolina, e o ministro de Minas e Energia Fernando Filho, que recentemente recebeu elogios da mídia nacional por realizar um bom trabalho numa pasta tão complexa.
Se as eleições para governador fossem hoje, muito provavelmente Fernando não estaria na disputa, não por lealdade ao governador Paulo Câmara ou por falta de vontade de ser governador, é que Fernando terá que administrar o imponderável da Lava-Jato para evitar que a operação possa inviabilizar sua carreira política.
Tribunais de Contas – Após o STF definir, em julgamento nesta quarta-feira (10), que os tribunais de contas não podem julgar contas de gestão de prefeitos, a procurador Germana Laureano, diretora da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (AMPCON), apesar de respeitar o entendimento da Corte, considerou se está estimulando a impunidade. “Esvaziaram a competência constitucional dos tribunais de contas”, disse Germana Laureano.
Registro eleitoral – A decisão de ontem do STF terá repercussão imediata. Prefeitos e ex-prefeitos que constaram da lista do TCE não poderão ter o registro de candidatura impugnado, caso os vereadores não tenham confirmado o parecer prévio do TCE pela rejeição. Até ontem, prevalecia um entendimento contrário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo qual o julgamento das contas de gestão pelos tribunais de contas bastava para negar registro de candidatura, de acordo com a lei de Ficha Limpa.
Patrocinado – O candidato a prefeito de Olinda Antonio Campos (PSB) é mais um dos candidatos que utilizam dos links patrocinados para impulsionar a sua candidatura nas redes sociais. Ele, assim como os outros, devem acreditar que não haverá punição e se houver, valerá a pena pagar a multa que custa cinco mil reais.
Demora – O setor de avaliação do Tribunal de Justiça de Pernambuco, situado no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano no bairro de Joana Bezerra, tem recebido constantes críticas das pessoas que dependem dele para resolver problemas processuais. Os funcionários têm realizado às avaliações mas não se sabe por qual motivo não há repasse da documentação para o cemando para dar prosseguimento aos processos. Tem processo que está parado desde dezembro do ano passado por conta disso.
RÁPIDAS
Presidente – Confirmada para o comando do Supremo Tribunal Federal cuja posse será no dia 12 de setembro, a ministra Carmem Lúcia foi questionada pelo atual presidente ministro Ricardo Lewandowski de como ela queria ser chamada. Carmem foi categórica ao afirmar que desde os tempos de estudante conhece apenas a palavra presidente e não “presidenta” como os petistas inventaram usar.
Ré – O plenário do Senado aprovou ontem por 59 votos a 21 a transformação de Dilma Rousseff em ré no processo de impeachment. Com um voto a mais do que a votação de abertura do impeachment, o afastamento de Dilma parece ser irreversível, que deverá ser consumado até o final do mês.
Inocente quer saber – Michel Temer conseguirá fazer um governo de salvação nacional após assumir definitivamente o governo?
Temer, pela ilegitimilidade e por ser medíocre não tem capacidade de ser líder e fazer um bom governo, principalmente pela marca de corrupção que carrega no DNA e de Deus principais auxiliares( Juca, Geddel, Moreira Franco, Eliseu Quadrilha at caterva). Quanto FBC é da escola de EC até nos ilícitos.