Do G1 – A Polícia Federal (PF) investiga a ligação entre o avião que caiu com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em agosto de 2014, em Santos (SP), e uma organização criminosa acusada de movimentar mais de R$ 600 milhões e de realizar lavagem de dinheiro.
Os agentes da PF em Pernambuco deflagraram a Operação Turbulência, que tem como objetivo desmontar o grupo que atua em Pernambuco e em Goiás possui ligação até com a Operação Lava-Jato. Duzentos policiais federais estão cumprindo 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva.
Também estão sendo cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa.Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em 18 localidades em Pernambuco, além do Aeroporto Internacional dos Guararapes Gilberto Freyre, na Zona Sul da capital.
Os locais que estão sendo alvos das buscas, prisões e conduções coercitivas são: Boa Viagem/PE, Vitória de Santo Antão/PE, Pau Amarelo/PE, Imbiribeira/PE, Piedade/PE, Cordeiro/PE, Espinheiro/PE, Alto Santa Terezinha/PE, Barra de Jangada/PE, Ibura/PE, Aeroporto dos Guararapes/PE, Moreno/PE, Várzea/PE, Lagoa de Itaenga/PE, Pina/PE, Muribeca/PE, Prazeres/PE, totalizando 18 localidades!
Tanto os presos como os conduzidos coercitivamente serão levados para a sede da Polícia Federal em Recife. Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação no esquema criminoso, nos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
A investigação iniciou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave CESSNA CITATION PR-AFA. Esse avião transportava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, em seu acidente fatal.
A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de “laranjas”, e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava Jato.
Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. O esquema criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010.
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