A Abasteça Comércio e Combustível, localizada na Avenida Caxangá, zona oeste do Recife é referência pelo feminismo em seu quadro de funcionários. Enquanto os homens são prioridades para contratação no estado, Tiago Melo, empresário, traz um outro ponto de vista, neste caso, as mulheres são protagonistas. O Índice Global de Desigualdade de Gênero, em 2015, revela em análise em 145 países, que o Brasil ocupa o 85º lugar. O topo do ranking é composto por Islândia (1º), Noruega (2) e Finlândia (3) e nas últimas categorias estão Síria (143), Paquistão (144) e Iêmen (145). O Fórum Econômico Mundial divulgou que a diferença de gênero só pode sofrer alteração daqui a mais de 100 anos. Neste caso, 2033. O aumento para inserção da mulher nos cargos categorizados como “masculinos” é proveniente da qualificação profissional. “Em análise de 2002 a 2015, tivemos a conclusão de que a participação das mulheres está evoluindo, o que se reflete na remuneração”, afirma Murilo Cavellucci, diretor de gente e gestão da Catho.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2015, as mulheres correspondiam a mais de 60% dos estudantes nos ensinos Médio e Superior. Elas também são grande parte na população nacional em idade ativa. Apesar disso, continuam reféns do grupo populacional com a maior taxa de desocupação do País, com um índice quase duas vezes maior do que o dos homens. “As mulheres são tão capazes quanto os homens para realizar as tarefas de todos as categorias, porém, não é apenas uma questão de feminismo, mas pela qualificação das profissionais que fazem por merecer o cargo que possuem”, disse Tiago Melo, representante do estabelecimento.