O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, rebateu, nesta quinta-feira (07.04), na tribuna da Casa, as declarações feitas pelo deputado Edilson Silva a respeito da morte de um jovem que fazia parte do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PCAAM). O parlamentar governista disse que o rapaz não morreu como indigente e que Edilson passou a impressão que ele estava abandonado pelo Estado, o que não é verdade.
Borges leu uma nota da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, que esclarece que o adolescente R.G.L não foi sepultado como indigente na última terça-feira, 05. “O sepultamento foi realizado com a certidão provisória, expedida pelo IML, com o nome do adolescente, identificação dos pais e registro de identidade, além de endereço residencial. A Certidão de Óbito definitiva já foi expedida, ele não foi enterrado como indigente nem estava desamparado pelo Programa, como a fala de Edilson leva a crer”, rebateu.
“A verdade é que o jovem foi assassinado e que programas como esse, por mais importantes que sejam, não conseguem ser totalmente blindados. O advogado Manoel Mattos, por exemplo, também estava sob proteção de um programa desse tipo e foi assassinado. Temos que ter a clareza que o programa é importante e necessário, mas não consegue dar uma garantia absoluta de 100%, por mais que haja empenho da parte de todos os que o executam”, esclareceu.
“O debate aqui é muito bem-vindo e o Governo vai estar sempre com a mão estendida para todos que queiram contribuir no debate esclarecedor, que possa oferecer sugestões para superarmos os nossos problemas, mas, efetivamente, quando a verdade não é colocada plenamente, quando leva as pessoas e crerem que há uma realidade diferente da que de fato ocorre, esse debate não ajuda em nada”, acrescentou.
O líder do Governo também defendeu o secretário Pedro Eurico das acusações de Edilson. “Pedro não pode ser responsabilizado pessoalmente, assim como aqueles que faziam parte do programa de proteção quando o advogado Manoel Mattos foi assassinado também não tem culpa pelo assassinato. Todos os cuidados foram tomados, não foi por nenhuma falha do programa, foi pelas circunstâncias que de fato existem”, ressaltou.
Waldemar acredita que o secretário Pedro Eurico tem sido vítima de uma certa campanha contra ele porque começou a colocar a presença do Estado de uma maneira mais correta e forte dentro do sistema prisional. “Isso naturalmente gera reações dentro do próprio sistema. Daí essas tentativas de fuga e essas reações todas que temos acompanhado nos jornais. Mas tanto o secretário Pedro Eurico como o secretário Alessandro Carvalho (Defesa Social) são merecedores de toda a confiança do Governo. Eles estão fazendo um trabalho excepcional diante das adversidades que enfrentam. São competentes e estão fazendo, na verdade, muito mais do que muitos fariam diante do contexto e das adversidades que enfrentam de várias ordens”, concluiu.