A presidenta Dilma Rousseff, acompanhada dos ministros Armando Monteiro e Mauro Vieira, se reuniu em Santiago com representantes de empresas brasileiras que atuam no país vizinho
Em sua viagem oficial ao Chile, a presidenta recebeu cerca de trinta empresários, entre diretores de empresas e entidades setoriais, para uma conversa sobre as oportunidades que o país sul-americano oferece para empresas brasileiras. Ouviu dos empresários que as vendas de produtos e serviços brasileiros têm amplo espaço para crescer no Chile.
Estavam presentes na reunião empresários do setor têxtil, máquinas e equipamentos, serviços financeiros, tecnologia da informação, aviação civil, engenharia, petróleo e gás, farmacêutico, cosméticos, alimentos e borracha. Os representantes da indústria realçaram que o câmbio abre uma grande oportunidade para ampliar as exportações e que o Chile é um país prioritário para trabalhar os produtos brasileiros.
Isso porque, segundo os próprios empresários, o Brasil já tem com o país um comércio de alto valor agregado, em que a maioria dos bens exportados é de manufaturados. Além disso, o Chile é importante importador de bens e serviços em vários setores, que vão de produtos agropecuários a máquinas sofisticadas. Segundo Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, “no Chile só temos notícia boa. Cerca de 10% de todo o maquinário industrial chileno é de fabricação brasileira. No ano passado, exportamos 400 milhões de dólares de maquinário para o Chile”. Pastoriza realçou a importância das missões comerciais e participação em feiras de negócios, organizadas e apoiadas pela Apex-Brasil, para garantir a presença das empresas brasileiras e ampliar os negócios.
O ministro Armando Monteiro avaliou que a reunião foi muito positiva, pois a presidenta pode sentir o pulso da indústria e dos serviços que atuam no Chile, ouvir relatos sobre as oportunidades e as dificuldades enfrentadas hoje. “Todos concordam que a exportação é um caminho irrecusável para o Brasil voltar a crescer. E o Chile é um país prioritário: temos livre comércio de bens, já assinamos um acordo de cooperação e facilitação de investimentos (que incentiva e dá segurança para empresas brasileiras que se instalam no Chile) e estamos negociando um acordo de compras governamentais. E o país, pelos acordos que tem firmado com países do Pacífico e da Ásia, ainda pode ser uma plataforma importante para as exportações para terceiros mercados”, lembrou Monteiro.
Ele realçou que a política comercial do governo brasileiro trabalha fortemente para aproximar o Mercosul da Aliança do Pacífico: “Apenas no ano passado, fizemos um novo acordo automotivo com a Colômbia, renovamos o acordo automotivo com o México em novas bases, assinamos ACFI com Chile, Colômbia e México, abrimos negociação para desgravar o comércio com Colômbia, Peru e México, com uma pauta ampliada, que inclui serviços, compras governamentais, convergência regulatória e propriedade intelectual”.
Este foi o último compromisso na agenda desta sexta-feira no Chile, que incluiu reunião bilateral entre a presidenta Dilma e a presidenta Bachelet.
Neste sábado, o ministro Armando participa de encontro com empresários chilenos e da visita a Cepal, no último dia da visita oficial.