Referência na profissionalização da administração pública em Pernambuco, os gestores governamentais administrativos (GGOVs) estão reforçando a Intervenção estadual em Gravatá, cidade distante 85 quilômetros do Recife, no agreste. Três profissionais integram a equipe do coronel Mário Cavalcanti, designada para reerguer a cidade, sendo um secretário municipal e dois secretários-executivos municipais.
Titular da pasta de Administração, Ronaldo Acioly Filho vem fazendo um trabalho de estruturação da secretaria. “Estamos organizando todos os contratos temporários da prefeitura, reduzindo custos de pessoal e fazendo auditoria das folhas de pagamento”, explica o gestor. A próxima atividade será o recadastramento dos servidores, a partir do mês de fevereiro. “Vamos corrigir diversas incoerências dentro do sistema. Para isso, precisamos conhecer os servidores, sua lotação, situação funcional e se estão recebendo os benefícios de forma correta”, diz o GGOV.
De acordo com o secretário de Administração, Gravatá está sendo reconstruída nos moldes da gestão estadual pernambucana. A administração municipal está implementando um modelo de gestão, onde se priorizam metas por meio de práticas gerenciais que maximizam resultados, com foco no planejamento. “Há participação direta da população na construção da ação governamental, ladeada pelo monitoramento constante do desempenho do governo, o que permite agilidade na adoção de ações corretivas”, ressalta Acioly.
Um dos muitos problemas encontrados pela Intervenção em Gravatá se referiu aos contratos e licitações, vários contestados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O GGOV Alfredo Ottoni foi chamado para comandar a Secretaria Executiva de Administração, responsabilizando-se pela regularização desses procedimentos. “Para tal, estamos organizando uma comissão de licitação que vai atuar com total transparência e respeitando o que determina a legislação”, argumenta.
Outro GGOV que está em Gravatá é Emerson Guimarães, secretário-executivo de Controladoria. Guimarães é o responsável por suprir as necessidades de informação dos gestores, conduzindo-os durante o processo de gestão, de forma a tomarem as melhores decisões possíveis. “Agora, estamos realizando um levantamento dos problemas encontrados pelo TCE no relatório que pediu a Intervenção no município. Encontramos Gravatá com problemas sérios em sua gestão, como recursos materiais insuficientes, um rombo enorme nas finanças, informações inconscientes em relação à contabilidade. São problemas de várias naturezas que prejudicam qualquer gestor”, aponta.
CARREIRA – A carreira de gestor governamental administrativo foi criada em 2008, durante a primeira gestão de Eduardo Campos. Todos os GGOVs são servidores públicos concursados; são os responsáveis pela profissionalização da gestão pública do Estado, desenvolvendo projetos e ações que visam a melhorar a qualidade do gasto de dinheiro público agregando eficiência, eficácia e efetividade.