Mais de 70 mulheres advogadas que apoiam a chapa A Ordem Avança, encabeçada por Ronnie Duarte, marcaram presença, na tarde de ontem (11), no almoço dedicado a elas. A ideia foi unir a força feminina para apoiar a candidatura de Ronnie para a presidência da OAB-PE, ao lado de Leonardo Accioly. Dos mais de 60 integrantes da chapa, metade é representada pelo público feminino.
“Agradeço a participação maciça de vocês neste evento que é muito representativo para nós. A Ordem precisa da força da mulher advogada”, disse Adriana Rocha, vice-presidente da OAB-PE e candidato ao Conselho Federal. “Na Caape, fomos pioneiros no Brasil com o programa Maternidade Legal, nossa diretoria já é composta em sua maioria por mulheres e precisamos do engajamento de todas vocês para vencer mais esta etapa que é eleição da Ordem”, disse ele confiante.
Uma das mais antigas e atuantes advogadas pernambucanas Nair Andrade fez questão de marcar presença no encontro. “Em 1971 fiz parte pela primeira vez do Conselho da OAB-PE quando só tinha direito a duas vagas para a mulher no conselho. Passados dois mandatos terminei e deixei vez para outras assumirem. A semente foi germinada. Ronnie será o nosso presidente por tudo que fez na ESA e Caape. As mulheres precisam ficar de olho em quem está trabalhando. Tenham amor a nossa Ordem!”, ressaltou.
O vice-candidato Leonardo Accioly é um dos entusiastas da participação da mulher na Ordem há anos. “Lembro que quando a discussão da cota para a mulher foi colocada para votação no Conselho Federal, do qual fiz parte, apenas a bancada de Pernambuco foi a favor. Foi dito no Conselho que a mulher não queria participar da Ordem, tinha que cuidar dos filhos e não tinha tempo e interesse pela vida politica da advocacia. Não acredito nisso, o Conselho era iminentemente masculino e machista. E eu defendi: a mulher não participa por que este ambiente é masculino nas discussões, nas opiniões e preconceituoso na exteriorização de suas opiniões, na época fui levado na brincadeira e a discussão foi retirada de pauta, mais tarde o assunto voltou a ser discutido. Aquilo fortaleceu a minha ideia da importância de ações afirmativas para o gênero”, lembrou Accioly.