Estratégia de Temer é se afastar de Dilma
Eleitos em 2010 e reeleitos em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer apesar de ocuparem a presidência e a vice-presidência da República, respectivamente, nunca tiveram uma postura de proximidade, como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel e Lula e José de Alencar. A aliança Dilma/Temer foi meramente eleitoral, sem qualquer aproximação pelo viés político de convergência de ideias.
Com o agravamento da crise política, Temer aceitou ocupar o papel de articulador político do Palácio do Planalto a fim de tentar melhorar a relação com o Congresso Nacional, já que foi presidente da Câmara dos Deputados por várias oportunidades e possui excelente relação com senadores e deputados, tanto do governo quanto da oposição.
A empreitada não durou muito tempo porque Temer foi sabotado pelo próprio Palácio do Planalto. Quando se deu conta de que suas ações não surtiriam efeito porque na prática era um articulador sem a confiança nem a legitimidade da presidente da República, preferiu se afastar da função e desde então não quis mais saber de ajudar Dilma Rouseff.
Mesmo decidido a não ajudar mais a presidente na questão politica, aconselhou Dilma a não hostilizar Augusto Nardes, o relator das suas contas no TCU. E mais uma vez Dilma fez ouvido de mercador e sofreu uma fragorosa derrota por unanimidade na Côrte de Contas da União. O episódio serviu para afastar mais ainda o vice-presidente da presidente.
Convidado a assumir o ministério da Justiça em substituição a José Eduardo Cardozo, Michel Temer declinou do convite porque se aceitasse estaria se comprometendo ainda mais com o governo Dilma, de quem ele almeja distância. Por fim, na ação impetrada pelo PSDB que objetiva cassar a chapa presidencial, Temer utilizou a estratégia de afirmar que o comitê financeiro da sua campanha foi diferente do comitê da presidente, e se for constatada alguma irregularidade na captação de recursos, ele nada tem a ver com Dilma.
Todas as ações do vice-presidente convergem para uma certeza indubitável: Para Michel Temer, quanto maior for a distância de Dilma Rousseff, melhor.
Energia – A geração de eletricidade renovável terá mais investimentos no orçamento do próximo ano. O deputado federal João Fernando Coutinho (PSB-PE) destinou R$ 100 milhões para o setor por meio de emenda à LOA 2016, já aprovada na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados. Coutinho é defensor do incentivo à geração de energia por meio de fontes renováveis como forma de diversificar a matriz energética do País e, consequentemente, diminuir os custos da conta de energia para o consumidor.
Itambé – De acordo com informações colhidas de dentro do Palácio do Campo das Princesas, o ex-prefeito Fred Carrazone lidera com folga pesquisas internas sobre a sucessão em Itambé. Há quem considere que as pendências de Fred no TCE possuem grandes chances de serem revertidas, colocando-o na disputa pela prefeitura no ano que vem.
Raul Henry – O vice-governador Raul Henry (PMDB) esteve reunido com o prefeito Alexandre Arraes (PSB) na residência do socialista em Araripina. O encontro, que reuniu vários aliados do prefeito, serviu para o vice-governador trocar impressões com o prefeito sobre o cenário político nacional e as eleições municipais de 2016.
Detran – Graças a articulação do deputado estadual Vinicius Labanca (PSB), o município de São Lourenço da Mata receberá uma nova sede do Detran, repaginada, com maior conforto e maior variedade de serviços. A nova sede foi uma das promessas de campanha de Vinicius Labanca e ontem o secretário das Cidades André de Paula realizou o anúncio.
RÁPIDAS
Disputa – O contrato com o Bradesco, detentor da folha de pagamentos do estado de Pernambuco, se encerrará em fevereiro de 2016, então será realizada uma nova licitação para ver qual instituição financeira administrará a folha estadual. Estão na disputa o próprio Bradesco, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o Santander. O lance mínimo é de R$ 497 milhões.
Humildade – Para o ministro do TCU José Múcio Monteiro, faltou humildade do governo no episódio das pedaladas fiscais, ao querer, a todo custo, bancar a tese de que estava correto. Além disso a politização do caso foi vital para que Dilma sofresse uma goleada no TCU.
Inoente quer saber – O que mais falta acontecer para Eduardo Cunha e Dilma Rousseff caírem?