Individualismo de José Queiroz pode inviabilizar sua sucessão em Caruaru
Exercendo o quarto mandato como prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT) faz uma gestão bem-avaliada pelos caruaruenses. Mesmo assim não conseguiu em 2014 reeleger Laura Gomes para a Alepe e a votação de Wolney Queiroz, seu filho, para deputado federal foi bastante aquém do esperado. Para as eleições de 2016 o prefeito não tem um nome natural para sucedê-lo nem no campo político nem no campo técnico e poderá ver a prefeitura ser comandada a partir de janeiro de 2017 por um adversário seu.
Rompido com o ex-governador João Lyra Neto, é inimaginável que José Queiroz possa apoiar a candidatura da deputada Raquel Lyra (PSB) , que poderá disputar a prefeitura com bastante força, haja vista que está bem próxima do deputado estadual Tony Gel (PMDB) , também pré-candidato e líder nas pesquisas de intenção de voto para 2016.
Por falar em Tony Gel, Queiroz poderá repetí-lo no ano que vem, quando em 2008 gozando de significativa aprovação no município não conseguiu eleger Ivania Porto, sua candidata, contra o próprio José Queiroz. Dos possíveis nomes para sucedê-lo – Laura Gomes (PSB), Jorge Gomes (PSB) e Douglas Cintra (PTB) – nenhum deles consegue aparecer bem posicionado nas pesquisas, o que naturalmente pode deixar o grupo de Queiroz na planície a partir de janeiro de 2017.
Aliados atribuem essa dificuldade em encontrar um nome competitivo à falta de pensamento de equipe do prefeito, que foi incapaz de entrar no circuito com a força que cabe a um prefeito de Caruaru para eleger Laura Gomes, que teve uma votação bastante aquém do esperado e o ônus da sua derrota pôde ser totalmente compartilhado com o prefeito.
O cenário para 2016 em Caruaru se mostra bastante sombrio para o atual prefeito, que deverá pagar muito caro por seu excesso de individualismo no que tange a articulação política.
Cerco – O cerco está se fechando para o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Os US$ 5 milhões da sua conta na Suíça podem cassá-lo por quebra de decoro. É provável que a semana comece com Eduardo Cunha no olho do furacão. Os aliados do início do ano que o elegeram já começam a abandonar o barco.
Jarbas Vasconcelos – Eleitor do presidente da Câmara Eduardo Cunha em fevereiro, o deputado Jarbas Vasconcelos abriu o verbo contra o colega de partido chamando-o de doente, psicopata e cínico. Além disso Jarbas afirmou que a oposição se equivoca ao tentar fortalecer Cunha para viabilizar o impeachment de Dilma.
Caminho – Para o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sydney Sanhes, se o Congresso Nacional rejeitar as contas de Dilma Rousseff, o caminho para o impeachment estará aberto. O ex-ministro do STF também acredita que caso o impedimento de Dilma se confirme, não haverá nenhum dano à democracia brasileira.
Dias Toffoli – O presidente do TSE ministro Dias Toffoli contestou um parecer dado pelo jurista Dalmo Dallari afirmando que a Côrte não teria legitimidade para cassar o mandato de Dilma. Toffoli disse que a competência do TSE foi dada pela Constituição e pelas leis eleitorais.
RÁPIDAS
Prêmio – Dos 25 deputados federais e dos três senadores de Pernambuco, apenas os deputados Mendonça Filho (DEM), Pastor Eurico (PSB) e Bruno Araújo (PSDB) estiveram na lista dos melhores do prêmio Congresso em Foco. Os vencedores foram: deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ) e senador Ronaldo Caiado (DEM/GO).
Prejuízo – O procurador federal Deltan Dallagnol, responsável pela Operação Lava Jato, afirmou que os prejuízos causados pelo esquema de corrupção na Petrobras pode chegar a R$ 20 bilhões. Dallagnol disse também que existem indícios de corrupção em outros órgãos públicos como ministério da Saúde, ministério do Planejamento, Caixa Econômica Federal, Eletronuclear, etc.
Inocente quer saber – Eduardo Cunha aceitará cair sozinho?