O líder do Governo na Alepe, Waldemar Borges (PSB), fez um esclarecimento, na Reunião Plenária desta terça (25.08), sobre os dados apresentados ontem (24) pela deputada Priscila Krause (DEM), no que diz respeito a gastos com pessoal. O parlamentar destacou que houve uma redução expressiva nos gastos com cargos comissionados, ocupados por livre nomeação do gestor, em 9%. “O que houve foi uma migração dos cargos comissionados para a função gratificada, o que representa uma valorização dos funcionários efetivos do governo”, ressaltou.
O socialista aproveitou o pronunciamento para relatar o conjunto de economias que foram feitas no Governo do Estado ao longo do primeiro semestre. “O governador Paulo Câmara, já em janeiro, antevendo a gravidade da crise, determinou um contigenciamento à época de R$ 300 milhões. Nós economizamos nesse período R$ 20 milhões em serviços de consultoria, R$ 15 milhões em serviços de locação de veículos, R$ 15 milhões em publicidade, R$ 12 milhões em diárias, R$ 3 milhões em telefonia fixa e móvel, R$ 1,5 milhão na manutenção da frota, R$ 1,5 milhão em passagens, R$ 1,4 milhão em locação de imóveis, R$ 700 mil em combustíveis e R$ 400 mil em passagens internacionais, entre outros itens”, detalhou.
“Esses cortes resultaram numa economia total de mais de R$ 200 milhões se compararmos com o mesmo período do ano passado. Se compararmos com a autorização orçamentária que tínhamos para gastar, essa economia chega à casa de quase R$ 500 milhões”, completou. Borges enfatizou que esse resultado não é trivial.
“Essa economia é fruto da compreensão de que estamos vivendo uma crise no País. Os estados brasileiros de uma maneira geral estão enfrentando dificuldades tremendas. E aqui em Pernambuco não podia ser diferente. Tivemos uma frustração de receita de R$ 1,2 bilhão nesses seis meses, incluindo as famosas operações de crédito, e mais de R$ 330 milhões de frustração de ICMS”, disse.
O deputado finalizou seu pronunciamento lembrando que a postura do Governo de Pernambuco continuará sendo a de reagir, procurando alternativas para fazer frente à crise. Ele citou como exemplo a possibilidade de licitar a Folha de Pagamento e de antecipar os depósitos de dívidas para buscar recursos. “Embora Pernambuco seja um estado equilibrado, que ocupa apenas 54% de sua receita com dívidas, enquanto o Rio Grande do Sul, por exemplo, ocupa 213% da sua receita, Rio de Janeiro 177%, São Paulo 147% e Minas Gerais 182%, temos que jogar duro e esperar que venham de Brasília sinais positivos e, lamentavelmente, isso não tem ocorrido. Essa crise, que não foi criada nos estados, vem penalizando todo mundo. Ela foi gerada a partir de descaminhos nas políticas macroeconômicas e agravada por medidas eleitorais”, concluiu.