Dilma está abaixo do volume morto
Nunca antes na história deste país se viu um presidente da República com tamanha rejeição quanto a presidente Dilma Rousseff. Ontem foi divulgada mais uma pesquisa sobre a avaliação pessoal de Dilma e do seu governo. Ela está com apenas 7,7% entre ótimo e bom. É a pior avaliação de um presidente da República desde que o levantamento foi iniciado em 1998. No mesmo levantamento, a avaliação do governo é considerada ruim ou péssima por nada menos que 70,9% dos entrevistados.
Em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, são 62,8% dos entrevistados que defendem a saída da petista do cargo, enquanto 32,1% se disseram contra o impedimento. Para os entrevistados a maior causa para o seu impedimento é o episódio das pedaladas fiscais (26,8%), seguido pelos escândalos da Petrobras (25%) e por fim as irregularidades na prestação de contas da campanha da presidente (14,2%).
Já a avaliação pessoal de Dilma Rousseff também não é nada animadora para o Palácio do Planalto, apenas 15,3% aprovam o desempenho pessoal de Dilma, contra 79,9% que desaprovam. Tais números colocam em evidência a falta de condições políticas para Dilma continuar no cargo. Haja vista que ela está abaixo do volume morto, como bem frisou Lula recentemente.
Muitos questionam que a desaprovação não pode retirar a legitimidade de um governo eleito democraticamente. Mas é bem verdade que este governo foi alcançado através de práticas escusas, como a omissão dos verdadeiros dados da situação financeira do país e do financiamento de campanha com recursos possivelmente advindos de esquemas de corrupção no setor público.
Hoje a presidente Dilma Rousseff paga caro pelo que fez durante a campanha eleitoral, denegrindo a imagem dos adversários, dizendo que eles iriam fazer o que ela está fazendo, cortando direitos do trabalhador, arrochando o salário das pessoas, aumentando preço da energia e do combustível e consequentemente ampliando a inflação e contribuindo diretamente para o aumento drástico do desemprego.
Estar abaixo do volume morto na pesquisa CNT/MDA é a fatura paga por todos os desmandos realizados pelo governo Dilma Rousseff ao longo dos anos de 2011 e 2014 e por todas as mentiras ditas durante a campanha eleitoral. A verdade veio à tona e o povo brasileiro aparentemente acordou.
Eleições 2018 – A pesquisa CNT/MDA também fez um levantamento sobre as eleições presidenciais de 2018. O PSDB conseguiria eleger Aécio Neves, José Serra ou Geraldo Alckmin em eventual segundo turno contra o ex-presidente Lula. A ex-senadora Marina Silva segue pontuando muito bem em qualquer cenário.
PMDB – Os grandes expoentes do PMDB nacional Eduardo Cunha, Michel Temer e Renan Calheiros estão decididos a se descolar do PT o quanto antes visando disputar as eleições presidenciais de 2018. Eles já consideram que o ciclo do PT acabou e o governo que está aí não tem mais nada a oferecer aos anseios fisiológicos do PMDB.
Frouxos – O ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional Ciro Gomes (PROS) afirmou que a oposição é composta por frouxos que não têm coragem de tirar Dilma do poder, e se continuarem agindo como “golpistas” vão ter que enfrentar os defensores do governo nas ruas.
Veto – A presidente Dilma Rousseff vetou ontem os 78% de aumento para os servidores do Poder Judiciário. A medida foi aprovada pelo Senado no mês passado e teria um impacto previsto de R$ 25,7 bilhões, indo de encontro ao que está sendo feito pelo ajuste fiscal do governo federal. A equipe econômica pretende apresentar um aumento de 21,3% a partir de 2016 dividido em três anos.
RÁPIDAS
Bolsonaro – Nas sondagens realizadas pela CNT/MDA sobre 2018 o deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) apareceu com 5% de intenções de voto pela presidência da República. O eleitorado conservador tem aumentado consideravelmente e vem se identificando com a figura de Bolsonaro.
João Paulo – O ex-deputado federal João Paulo, que perdeu a disputa pelo Senado para Fernando Bezerra Coelho, foi nomeado superintendente da SUDENE. Ele enfim foi contemplado pelo governo federal.
Inocente quer saber – Anderson Ferreira desistiu de disputar a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes?