O governador Eduardo Campos vai disponibilizar recursos para bolsas nos níveis técnico e superior para pesquisadores brasileiros e estrangeiros interessados em desenvolver estudo sobre a agricultura em terras secas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (20/06) pelo governador ao participar do ato de lançamento da parceria tripartite Brasil-França-África para o financiamento de pesquisas em países que têm áreas áridas ou semiáridas.
“Somos o Estado que se situa no centro do semiárido brasileiro, a área seca mais populosa do mundo. Queremos ajudar a desenvolver tecnologias que ajudem a fortalecer economias e a melhorar a qualidade de vida das populações das áreas secas no Brasil, na África e em todas as partes do mundo”, disse Eduardo.
O evento integrou a programação da conferência da ONU Rio+20. A iniciativa constitui uma parceria inédita, que marca mais uma iniciativa na luta de combate à Desertificação. O Brasil, a França e os onze países da faixa imediatamente posterior ao deserto do Saara, conhecido como a área do Sahel.
Em seu discurso, o governador pernambucano pontuou que a forma de proteger a vida é fundamentar o conhecimento e, ao mesmo tempo, respeitar o conhecimento acumulado pelas comunidades locais.
“Temos desenvolvido em Pernambuco diversas técnicas de aperfeiçoamento de tecnologias simples de manejo da água, em pequenos sistemas, simples mas ao mesmo tempo revolucionários, porque garantem o acesso a água e protegem a cidadania de pessoas que durante muitos anos ficaram sujeitas ao arbítrio de pessoas que se portavam como se fossem donas a água “, acrescentou.
Eduardo citou ainda outras iniciativas promovidas por seu governo em Pernambuco que protegem a natureza e combatem a desertificação, como a criação de reservas florestais no bioma da caatinga e o replantio de matas ciliares.
Recursos para cooperação científica – O edital para esse programa de pesquisa está aberto até o dia 20 de outubro de 2012 e objetiva estruturar uma comunidade científica tricontinental de apoio à luta contra a desertificação na África, além de reforçar as capacidades científicas deste continente e consolidar o laço entre ciência e sociedade de modo a contribuir com uma gestão sustentável das zonas áridas e semiáridas.
Ele é destinado aos pesquisadores, aos professores-pesquisadores de instituições de ensino e de pesquisa franceses, brasileiros e africanos.
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