João Campos consolida liderança e oposição luta para evitar vitória no primeiro turno
A nova pesquisa Datafolha, divulgada ontem reafirmou a ampla vantagem de João Campos (PSB) na corrida pela Prefeitura do Recife. Com 76% das intenções de voto, Campos parece caminhar para uma reeleição praticamente garantida, enquanto seus principais adversários, Gilson Machado (PL) e Daniel Coelho (PSD), patinam com 6% e 5%, respectivamente. Dani Portela (PSOL) aparece com 4%, configurando um cenário de pouca competitividade até o momento.
O crescimento de um ponto percentual de Campos em relação à pesquisa anterior reflete uma gestão amplamente aprovada por 70% dos recifenses, e sua rejeição, que caiu para apenas 7%, reforça a ideia de que o atual prefeito tem conseguido satisfazer a maioria da população. Além disso, Campos é conhecido por 99% do eleitorado, o que torna a tarefa da oposição ainda mais desafiadora.
Diante desse cenário, a oposição enfrenta a difícil missão de evitar que a eleição seja decidida já no primeiro turno, mas as possibilidades são limitadas. Gilson Machado, Daniel Coelho e Dani Portela precisam, cada um em sua esfera, buscar formas de crescer individualmente nas próximas semanas.
Gilson Machado, por exemplo, deve intensificar suas críticas à gestão de Campos, explorando temas sensíveis como segurança pública e infraestrutura, tentando captar o voto conservador e de eleitores que eventualmente estejam insatisfeitos com a atual administração. Sua rejeição, ainda alta em 34%, precisa ser combatida com uma campanha focada em reverter a imagem negativa que parte do eleitorado tem dele.
Daniel Coelho, por sua vez, deve tentar resgatar seu eleitorado tradicional, apostando em uma comunicação que reforce sua experiência política e sua capacidade de diálogo. Ele pode tentar se posicionar como uma alternativa viável para os eleitores de centro-direita que não se identificam nem com Campos nem com Machado.
Dani Portela, com 4% das intenções de voto, precisa intensificar sua presença nas periferias e entre os eleitores jovens, grupos onde seu partido costuma ter mais apelo. Sua campanha pode focar em propostas progressistas e de justiça social, tentando mobilizar uma base que ainda está em grande parte indecisa.
Ainda que fragmentada, a oposição tem a oportunidade de explorar a indecisão de 32% dos eleitores no cenário espontâneo. A eficácia dessas estratégias será crucial para forçar um segundo turno e evitar uma vitória esmagadora de João Campos já no primeiro turno. Contudo, o cenário se mostra cada vez mais favorável ao atual prefeito, que, com uma campanha bem estruturada e uma gestão aprovada pela maioria, segue como o grande favorito para comandar o Recife por mais quatro anos.
Empate técnico em São Paulo – A nova pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta um empate técnico na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lidera com 23% das intenções de voto, seguido de perto pelo empresário Pablo Marçal (PRTB) com 21% e pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem 19%. A margem de erro é de três pontos percentuais, indicando uma disputa acirrada entre os três primeiros colocados.
Pablo Marçal sobe 7 pontos – Um dos destaques da pesquisa Datafolha é o crescimento expressivo de Pablo Marçal, que subiu 7 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado em 8 de agosto. Agora com 21% das intenções de voto, Marçal se consolida como uma força competitiva na eleição paulistana, colocando-o em um empate técnico com Boulos e Nunes.
Cenário de segundo turno – A pesquisa Datafolha também simulou cenários para o segundo turno em São Paulo. Caso a disputa fosse entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o prefeito teria 47% dos votos contra 38% do deputado. No entanto, se Pablo Marçal ficasse fora do segundo turno, 66% de seus eleitores prefeririam votar em Nunes, enquanto apenas 9% migrariam para Boulos, demonstrando uma vantagem significativa para o atual prefeito nesse cenário.
Inocente quer saber – João Campos aumentará a vantagem sobre seus adversários?
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