A cidade de Casinhas foi surpreendida nesta terça-feira com a notícia da desistência da candidatura a prefeito do então postulante, João Camelo, que é filiado ao Avante. Ex-prefeito do município, ele pretendia disputar novamente o comando do executivo local, mas uma série de fatores o impediram.
Em sua renúncia a candidatura, através de uma nota, ele alegou ‘questões jurídicas’, mas sem detalhar quais seriam os reais motivos.
Na verdade, João Camelo foi condenado, através de Ação Civil Pública, por Ato de Improbidade Administrativa, da Justiça Federal, iniciada no ano de 2017 por irregularidades cometidas em 2008. Trata-se do Processo nº 0802541-24.2017.4.05.8302, ajuizado pelo Ministério Público Federal, em razão da aplicação irregular de verbas públicas federais do programa FUNDEB.
A Ação diz que o ex-prefeito destinou recursos do FUNDEB para o pagamento de despesas não comprovadas, ultrapassando a quantia de 96 mil reais, bem como, não apresentou documentação comprobatória relativa a cheques emitidos e a transferências bancárias realizadas, no montante de 308 mil, 426 reais e 41 centavos.
Para a Justiça Federal, o ex-prefeito cometeu ‘atos ímprobos’, de forma dolosa e com má-fé, que consequentemente causaram danos ao erário público e também bem como enriquecimento ilícito, através da prática dos atos de improbidade administrativa.
Trocando em miúdos, a situação jurídica de João Camelo é terrível, tornando-o sem nenhuma condição legal de disputar qualquer que seja o mandato eletivo. A renúncia da candidatura soa como uma melancólica estratégia de fuga da realidade.
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