Palácio do Planalto sentiu o golpe
Ontem o núcleo duro do governo se reuniu para avaliar o cenário político cada vez mais adverso para a presidente Dilma Rousseff. Haja vista que existem três frentes para uma possível cassação, que são: Pelas pedaladas fiscais que pode ter havido crime de responsabilidade para a presidente; cassação do registro da chapa eleita em 2014 por doações ilegais, e o pedido do PSDB de afastamento da presidente por ter infringido o artigo 359 do código penal.
Além disso no último domingo teve a convenção nacional do PSDB em Brasília recheada de críticas ao PT e ao governo da presidente Dilma Rousseff. Já havia sido deflagrada a situação crítica de Dilma após as pesquisas apontarem a presidente com apenas 9% de aprovação. Os acontecimentos dos últimos dias sugerem que ela perdeu as condições políticas de governar o país.
De público o vice-presidente Michel Temer refuta a tese de impeachment e de abandonar a articulação política do governo, mas de privado ele tem tentado construir com setores do PSDB uma saída honrosa para que ele possa assumir a presidência após a cassação de Dilma.
Também há um entendimento no meio político sobre a hipótese de salvar Lula da prisão. Seria um acordo político entre Congresso Nacional, Poder Judiciário e Palácio do Planalto. Até porque não ficaria nada bem para a imagem do país ter um ex-presidente que foi bem-avaliado e chegou a eleger a sucessora, aparecer algemado para o mundo inteiro ver.
O Palácio do Planalto sabe que não há condições de recuperação do caos que se instalou no país. E nada que a atual presidente venha a fazer possa virar o jogo porque ela perdeu o que há de mais importante para qualquer governante ou instituição: a credibilidade.
Já há quem defenda uma renúncia da presidente a fim de evitar uma sangria ainda maior que não contribui em nada com o país. Até porque ela está demonstrando abatimento e falta de vontade em continuar no cargo. Os últimos episódios mostraram o quanto ela é rejeitada pela sociedade brasileira.
Um novo governo, apesar de não ser fácil, poderia captar uma expectativa de esperança em eventuais acertos, coisa que os atuais ocupantes do Palácio do Planalto não conseguiriam. O país ganharia um fôlego para se restabelecer politicamente até 2018 através do governo de coalizão de Michel Temer que está sendo esboçado para tentar, literalmente, salvar a pátria.
Candidato – O empresário Francisco Eduardo Cavalcanti, irmão do ex-governador Joaquim Francisco, tem sido estimulado por amigos a disputar um mandato de vereador do Recife nas eleições do ano que vem. Ele está analisando a legenda para a disputa, mas estaria inclinado a se filiar ao Solidariedade do deputado federal Augusto Coutinho.
Executiva – Marcos Eduardo (Dudu), que coordenou a campanha do governador Paulo Câmara (PSB) no litoral norte, foi eleito na última sexta-feira para compor a executiva municipal do PSB de Igarassu. Dudu deverá fazer parte da coordenação politica da campanha de Yves Ribeiro a prefeito do município nas eleições do ano que vem.
Prestígio – Além de assumir a relatoria da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional e indicar a diretoria da CONAB, o deputado federal Ricardo Teobaldo (PTB) conseguiu emplacar a diretoria regional dos Correios através da aliada Deyse Ferraz. Há quem aposte que ele vai indicar o responsável pela Infraero no estado, mas não há nada confirmado.
Infraestrutura – São Bento do Una, comandada pela prefeita Débora Almeida (PSB), vem investindo forte na aquisição de máquinas para ajudar na infraestrutura da cidade. Desta vez foram adquiridos por meio de licitação dois caminhões-pipa, dois tratores, uma pá carregadeira, um caminhão caçamba e uma retroescavadeira para obras na cidade. Ao todo foram investidos mais de R$ 1,3 milhão, oriundo de emenda do deputado federal Bruno Araújo (PSDB).
RÁPIDAS
Romário – O senador Romário, que é o presidente do PSB do Rio de Janeiro, divulgou a criação de um site do diretório estadual do partido para a imprensa do país inteiro. A atitude pôde ser interpretada como um start para sua pré-candidatura a prefeito do Rio nas eleições do ano que vem.
Cortes – Diante do cenário de crise que assola todos os municípios do Brasil, sobretudo os menores, o prefeito de Moreno Adilson Gomes Filho (PSB) decidiu reduzir o seu próprio salário em 12,7%, bem como de secretários, secretários-executivos e gerentes. Com a medida, Dilsinho pretende economizar 10% na folha de pagamento.
Inocente quer saber – Por qual motivo Jarbas Vasconcelos estaria decidido a romper com o prefeito Geraldo Julio?