Aos 74 anos, Edmundo González Urrutia poderá se tornar, neste domingo (28), presidente eleito da Venezuela e pôr fim a um ciclo de 25 anos de chavismo. Mestre em relações internacionais pela American University (em Washington), ex-embaixador na Argélia e na Argentina, fluente em inglês e francês, e autor e compilador de 25 obras, González não esconde o otimismo. “Todas as pesquisas sérias nos dão ampla maioria”, afirmou, em entrevista exclusiva ao Correio Braziliense.
Líder da coalizão opositora Plataforma Unitária Democrática, ele conta com o apoio irrestrito da ex-deputada liberal María Corina Machado, 56, que foi inabilitada politicamente pelo regime de Nicolás Maduro.
Para González Urrutia, Maduro não terá escolha a não ser “aceitar a derrota” e iniciar uma transição pacífica de poder. Nos últimos dias, o titular do Palácio de Miraflores ameaçou um “banho de sangue” e uma “guerra civil”, caso seu projeto político seja barrado nas urnas.
O candidato da oposição reconhece que, se sair vitoriosa no pleito, a oposição terá pela frente a “tarefa enorme” de reconstruir o país. González Urrutia nasceu em La Victoria, uma pequena cidade a cerca de 110km Caracas onde ocorreu uma das batalhas mais épicas da guerra de independência, em 1812. Somente mudou-se dali para cursar estudos internacionais pela Universidad Central de Venezuela (UCV).
A estreia na carreira diplomática ocorreu em 1973, quando assumiu o posto de terceiro secretário da Embaixada da Venezuela em Bruxelas (Bélgica). Quatro anos depois, foi primeiro secretário da Embaixada da Venezuela nos Estados Unidos. Antes de assumir a embaixada em Buenos Aires, ocupou o cargo de diretor de Política Internacional do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, durante o governo de Ramón José Velásquez.
Do Correio Braziliense
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