Tese de cassação de Dilma pelas pedaladas fiscais ganha força
A presidente Dilma Rousseff vive um momento de inferno astral. Mesmo tendo vencido a eleição em outubro do ano passado, Dilma não consegue passar confiança e muito menos know-how para ocupar o maior posto da política nacional.
Os sucessivos escândalos de corrupção e a aposta equivocada em sediar a Copa do Mundo deixaram a presidente numa situação bastante incômoda perante a sociedade, haja vista que os escândalos macularam de uma vez por todas a imagem de gerentona que o marketing do PT vendeu nas eleições de 2010, enquanto a Copa do Mundo não deixou nenhum legado importante para o país, pelo contrário, deixou uma fatura muito alta a ser paga por todos os contribuintes.
Para se manter em evidência e com chances de continuar na presidência da República o governo federal praticou as chamadas pedaladas fiscais que foi uma manobra fiscal para passar para a sociedade que o país estava com uma situação controlada, o que não era verdade.
Quando a situação apertou durante a eleição com o crescimento de Marina Silva num primeiro momento e na possibilidade de vitória de Aécio Neves no segundo turno, o programa eleitoral do PT dilacerou a reputação dos adversários, atribuindo-lhes uma série de medidas impopulares caso eles fossem eleitos. Sobretudo depois que assumiu o segundo mandato a presidente praticou tudo o que havia condenado de seus adversários.
Por uma pequena margem, Dilma se reelegeu contra Aécio Neves, mas a vitória pôde ser considerada como uma vitória de pirro. Ou seja, ganhou a eleição mas ficou com o ônus dos problemas do país. Ao longo de 2015 foram várias manifestações pedindo o impeachment de Dilma por conta dos escândalos de corrupção. Porém, o impeachment arrefeceu porque a oposição não tinha sustentação política suficiente para cassar Dilma através de um processo de impedimento.
Quando parecia que Dilma iria conseguir fugir da pauta negativa, eis que surgem os questionamentos do Tribunal de Contas da União no tocante às pedaladas ficais, onde a presidente terá trinta dias para explicar o inexplicável. Há um consenso no meio político que Dilma não conseguirá se desvencilhar das pedaladas, que poderão ensejar uma ação penal para a presidente por crime de responsabilidade.
Diferentemente do impeachment, onde precisa do fato político para se consumar, a cassação pelo crime de responsabilidade é um processo mais técnico. O PT já considera a hipótese da cassação de Dilma pelas pedaladas fiscais e há quem diga que a saída de Dilma da presidência é a única alternativa para o Brasil retomar a possibilidade de uma governabilidade.
Visita – O ministro das Cidades, que é presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab estará amanhã em Pernambuco para conhecer o São João de Caruaru. Ele será ciceroneado pelo governador Paulo Câmara, pelo prefeito José Queiroz e pelo secretário das Cidades André de Paula, presidente estadual do PSD.
ACM Neto – Melhor prefeito do Brasil, o prefeito de Salvador ACM Neto decidiu sair do DEM para disputar a reeleição. Neto quer um partido mais robusto que tenha um bom tempo de televisão, e seu caminho pode ser o PMDB ou o PSDB. Se for reeleito, ele automaticamente será candidato a governador da Bahia em 2018.
Aliança – Ciente do risco que a candidatura de Daniel Coelho traz para a reeleição do prefeito Geraldo Julio, o secretário de articulação parlamentar da Casa Civil André Campos já começa a cobrar o alinhamento do PSDB com o PSB também na capital pernambucana.
Jarbas Vasconcelos – Insatisfeito com a gestão do prefeito Geraldo Julio, o deputado Jarbas Vasconcelos se movimenta para tentar disputar novamente a prefeitura do Recife. Jarbas também estaria trabalhando com a hipótese de ser apoiado pelo deputado Daniel Coelho, caso este não seja candidato.
RÁPIDAS
Maioridade – De acordo com pesquisa Datafolha divulgada ontem 87% dos entrevistados são favoráveis à redução da maioridade penal para 16 anos. A PEC já foi foi aprovada na comissão especial da Câmara dos Deputados e o resultado da pesquisa deverá impulsionar a aprovação no plenário.
Fundo do poço – Para o presidente da Câmara Federal deputado Eduardo Cunha (PMDB) o PT chegou ao fundo do poço com a rejeição da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o peemedebista a situação de Dilma não tem mais como piorar. Ou melhora, ou fica como está.
Inocente quer saber – O PSB terá argumento suficiente para sufocar a candidatura de Daniel Coelho pelo PSDB no diretório nacional?