O Crea-PE está cobrando da Prefeitura do Recife celeridade na demolição de um prédio inacabado localizado na Rua da União, no bairro da Boa Vista, no Centro da cidade. O processo de derrubada da construção já foi autorizado pela Justiça desde 2019. Há três meses, o conselheiro do TCE-PE Marcos Loreto emitiu um alerta de responsabilização às Secretarias de Infraestrutura e de Política Urbana e Licenciamento da Prefeitura do Recife, cobrando a demolição do prédio. A construção apresenta riscos aos estabelecimentos do entorno e às pessoas que circulam pela área. O edifício 13 de Maio, composto por 11 pavimentos, encontra-se inacabado e abandonado há quase 60 anos. Com informações CREA-PE.
“Esse adiamento não faz sentido. É inquestionável que é necessário demolir, e a razão não é apenas o risco. Existem outras questões, como a inviabilidade dessa construção à adequação das normas atuais. Não existe dúvida de que a demolição é a saída para o estado em que a construção está”, explica o 2º vice-presidente e conselheiro do Crea-PE, o engenheiro civil Luiz Fernando Bernhoeft.
Para Bernhoeft, os adiamentos da demolição complicam ainda mais o processo. “O risco, além de óbvio, cresce a cada dia. Temos uma edificação com aquele porte, abandonada e sem o revestimento, que tem o objetivo de proteger a estrutura. Amanhã ou depois podemos ter uma notícia de que se desprendeu algum bloco de concreto e caiu em alguém”, concluiu.
Procurada pelo Crea-PE, a Prefeitura do Recife informou que “a licitação para a demolição do edifício já foi concluída e a empresa vencedora está na fase de levantamentos técnicos para o início da demolição do imóvel. A primeira etapa consistirá no escoramento do edifício para posterior demolição do imóvel”, disse a assessoria de imprensa, por meio de nota e sem detalhar prazos para o início da primeira etapa, como foi questionada pelo Conselho.
RISCO MUITO ALTO – Com 11 pavimentos em concreto armado, o edifício na Rua da União começou a ser erguido há 56 anos, sem projeto aprovado e sem contar com licença de construção. A obra não chegou a ser concluída, ficando por várias décadas paralisada e abandonada. Como aponta o documento expedido pelo TCE, a falta de manutenção provocou “graves avarias estruturais, sendo enquadrada pela Defesa Civil do Recife como de Risco Muito Alto, podendo colapsar a qualquer momento”.
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