O governador Eduardo Campos tem dado demonstrações claras de que não concordou com essa disputa interna do Partido dos Trabalhadores que culminou na indicação do senador Humberto Costa como candidato da sigla em 2012.
Eduardo sabia que rifar João da Costa não era algo fácil de ser feito, por isso queria que não esticassem a corda demais a ponto de prejudicar a unidade do PT. O governador queria uma saída honrosa para o prefeito e não um linchamento público.
Diante de todos os problemas, o governador entendeu que a candidatura de Humberto Costa iria ficar fragilizada a ponto de correr sérios riscos de entregar a prefeitura para a oposição. Por isso deixou como reservas Danilo Cabral, Geraldo Júlio e Tadeu Alencar como nomes para disputar a PCR pelo PSB em faixa própria. E numa alternativa que ainda é possível, o nome de Sileno Guedes para ser o vice de Humberto Costa caso o imbróglio petista seja solucionado.
Pesou na decisão do governador o fato de o PT ser óbice a unidade da Frente Popular em cidades importantes como Petrolina, Paulista, Serra Talhada e Moreno, que insiste em lançar candidaturas próprias contra nomes da quota pessoal do governador.
Por isso, o governador fez toda essa movimentação de bastidores para rifar Odacy Amorim, Sérgio Leite, Luciano Duque e Ubirajara Paz, candidatos do PT nas cidades citadas.
Na ótica do governador, do alto da sua aprovação de 93%, o PT precisa fazer concessões para continuar comandando o orçamento de R$ 5 bilhões da Prefeitura do Recife. E o PT está ciente que o socialista é o maior eleitor de 2012 em Pernambuco e na capital, superando Dilma Rousseff, Lula e João Paulo.
Caso o PT não encontre uma saída interessante para o imbróglio com João da Costa e não desista dessas candidaturas, é provável que a candidatura de Humberto seja esvaziada e o partido fique enfraquecido mais ainda no estado.
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