O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, respondeu na tarde desta segunda-feira (04.05) as críticas da Oposição sobre o atraso nas obras de Navegabilidade do Rio Capibaribe e fez um desafio à bancada. “Vamos listar todas as obras que interessam a Pernambuco e analisar onde é que há entrave. Vamos localizar se esse entrave se dá em nível estadual, federal, em função da complexidade da situação, se ele se dá em função de questões ambientais, por conta de questões municipais ou se é de ordem financeira. Transposição, Transnordestina, Adutora do Agreste, Arco Metropolitano, vamos ver que esfera de poder está emperrando essas obras. Vamos analisar cada uma e nos juntar todos para resolver esses entraves, obra por obra. Faço esse desafio à oposição para o bem de Pernambuco. O que não se pode fazer é ficar tentando, num movimento próprio de quem sabe que é inadimplente em termos de cumprimento de prazos, responsabilizar a vítima, no caso o Governo de Pernambuco e a população pernambucana”, ressaltou.
O deputado explicou que a navegabilidade do Rio Capibaribe é uma obra de R$ 203 milhões, sendo R$ 170 milhões de responsabilidade do Governo Federal e R$ 32 milhões do Estadual. “A contrapartida do estado quase toda já foi dada. Já do Governo Federal chegou muito pouco”, disse, acrescentando que só em janeiro o Governo recebeu o posicionamento da CAIXA em relação ao projeto, após 10 meses dele ter sido entregue e de incontáveis idas e vindas do projeto”, disse.
“Passaram-se 10 meses para que, em janeiro, o Governo Federal devolvesse o projeto. Tivemos que segurar o ritmo da obra o ano passado porque as regras do PAC Grandes Cidades – que financia o Projeto de Navegabilidade – diz que caso o Estado fizesse o avanço destas obras não teria direito ao ressarcimento dos recursos pagos. Até entregar o projeto, a CAIXA fez mais de 10 novas exigências ao governo. Lamentavelmente isso não é incomum quando se trata do Governo Federal, na verdade é um pouco a regra. Estão aí outras obras importantes pra Pernambuco, como a Transnordestina e a Adutora do Agreste caminhando (lentamente) no mesmo sentido”, completou.
Por fim, o líder do Governo enfatizou que há uma dificuldade do Governo Federal de analisar com agilidade esse tipo de projeto. “O passado e o presente das obras federais revelam as dificuldades deles no que diz respeito à execução de obras. Não é por outra razão que a obra a mais tempo em execução no planeta Terra é a Transposição do Rio São Francisco. O Governo Federal não é exatamente o melhor exemplo quando se trata do problema de execução de obras. Por outro lado, o Governo do Estado nesses oito anos entregou uma quantidade de intervenções e de obras que testemunham exatamente uma agilidade que Brasília já não tinha antes de quebrar o País, agora então, nem se fala!”, concluiu.