A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em parceria com a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), lançou nesta segunda-feira (19) no sertão de Pernambuco dois projetos voltados para beneficiar pequenos produtores associados aos biomas presentes na área da Sudene. A Rede Impacta Bioeconomia e o Fruitech visam estimular a pesquisa, inovação e qualificação técnica para estruturar cadeias produtivas na área de saúde e fruticultura.
Com investimentos de R$ 811 mil da Sudene, a Rede Impacta Bioeconomia reúne pesquisadores das universidades para identificar novas utilizações de plantas nativas dos biomas caatinga, mata atlântica e cerrado na área de saúde. O projeto visa mapear as cadeias econômicas existentes nestes territórios e desenvolver novos produtos sustentáveis a partir de insumos como umbu, maracujá da caatinga, pitanga, acerola e melão de São Caetano. A iniciativa busca suplementos alimentares, defensivos agrícolas, cosméticos e produtos farmacêuticos, incluindo medicamentos.
Segundo Danilo Cabral, superintendente da Sudene, os projetos visam impulsionar o desenvolvimento regional, aproveitando as potencialidades do semiárido. “Os projetos de hoje são um incentivo para trazer mais oportunidades aos pequenos produtores e incorporá-los às atividades econômicas deste complexo de saúde. É uma rede com olhar para o futuro”, destacou.
O Fruitech, por sua vez, tem como objetivo fomentar a cadeia produtiva da fruticultura através de um programa de inovação chamado “Trilha de Inovação”. A medida visa implantar uma infraestrutura de cooperação, difusão e transferência de tecnologias em agricultura inteligente, incluindo desafios de negócios e maratonas para desenvolvimento de soluções de TI com base nas demandas do setor.
Valdner Ramos, coordenador do Fruitech, enfatizou a importância da iniciativa para o desenvolvimento tecnológico e econômico da região. “Esperamos acelerar o desenvolvimento de tecnologias e negócios, além de conectar o Nordeste com outros ecossistemas de inovação do país”, explicou.
Os projetos contam com a participação de diversas instituições, incluindo a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cooperativas agrícolas da região, como a Coopercuc e a Cooates.
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