Representantes da Autarquia participam do 1º Fórum Nordeste de Economia Circular, na Bahia, para debater iniciativas que possam promover desenvolvimento econômico mais sustentável
Salvador (BA) – A necessidade de criação de uma estratégia brasileira para a economia circular foi o destaque da abertura do 1º Fórum Nordeste de Economia Circular, realizada hoje (23) na capital baiana. O objetivo é transformar o modelo econômico para o fomento de desenvolvimento sustentável e includente do Brasil.
Representantes da Sudene participaram do evento para se somar ao debate e articular iniciativas voltadas para a área de atuação da Autarquia na área. “Nós precisamos ressignificar nossa relação com o meio ambiente. São tantos os conceitos que significam economia circular, que eu acho que a ressignificação dessa relação é o mais importante. O homem precisa aprender a dialogar melhor com o meio ambiente”, afirmou o superintendente Danilo Cabral.
Segundo Danilo Cabral, em paralelo às ameaças que vivenciamos do ponto de vista ambiental, há um conjunto de oportunidades decorrente da imposição da agenda ambiental . “O Nordeste tem uma janela de oportunidades com a neoindustrialização. Podemos citar a nossa Caatinga, o único bioma exclusivamente nacional, que pode contribuir para a bioeconomia. Nossa região, na virada do século, já cresceu mais que o Brasil – nosso PIB cresceu 56% enquanto o do país, 47% – e temos essa oportunidade novamente”, frisou.
O superintendente da Sudene destacou o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), onde a economia circular está presente no eixo estratégico do desenvolvimento econômico – ao todo este instrumento de planejamento das políticas públicas e investimentos para a região contém sete eixos estratégicos. No programa de Neoindustrialização, há o projeto que visa desenvolver a economia circular na indústria
O vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, falou sobre o fortalecimento das políticas transversais, envolvendo governos nacional, estaduais e municipais, para a promoção da mudança do nosso modelo econômico.
Há duas iniciativas em andamento em âmbito nacional. Uma delas é a criação de um grupo de trabalho de economia circular no , o chamado Conselhão. Já Congresso Nacional, está em tramitação o projeto de lei que estabelece a política nacional da economia circular. “A reciclagem não é suficiente para mudar nosso modelo econômico, precisamos fazer mais do que isso”, afirmou Pedro Prata, da Fundação Ellen MacArthur.
A economia circular é conceito que preconiza o desenvolvimento econômico a partir de um melhor uso de recursos naturais, por meio de novos modelos de negócios e da otimização nos processos de fabricação com menor dependência de matéria-prima virgem, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
No evento, estavam presentes o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior; a secretária de Bioeconomia e Economia Circular do Ministério da Indústria e Comércio, Sissi Alves da Silva; o diretor de Administração da Sudene, José Lindoso; o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Ângelo Almeida; o diretor-presidente do Sebrae, Jorge Kroury; o diretor-geral do Senai Cimatec, Leone Andrade; o presidente da Fieb, Carlos Henrique Bastos; o representante do Consórcio Nordeste, Glauber Piva; e a representante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável, Jeane Santos, além de Leonel Leal, coordenador Local de Projetas do Pnud para a Bahia e do superintendente do Banco do Nordeste, Pedro Neto.
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