O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aborda a associação entre a mudança na meta fiscal e o abandono do marco fiscal, alertando sobre o custo significativo para a sociedade. Em seu discurso durante o evento “E agora, Brasil?”, ele destaca a importância de cuidar da área fiscal para garantir credibilidade a longo prazo, enfatizando que a manutenção da meta não tem impacto mecânico na redução dos juros.
Campos Neto destaca dois contextos que geram desconfiança nos agentes econômicos: o tempo dedicado à elaboração do marco fiscal, sancionado em agosto, e as previsões de penalidades quando as metas não são cumpridas. Ele ressalta que abandonar o arcabouço fiscal após o primeiro desafio dificulta a estimativa de números futuros, levando a um ceticismo quanto ao cumprimento das metas nos anos seguintes.
No âmbito dos juros do rotativo do cartão de crédito, o presidente do BC revela as complexidades e divergências no setor privado em relação às novas regras propostas pelo governo para limitar taxas. Campos Neto destaca a necessidade de encontrar uma solução que não prejudique o consumo nem cause prejuízos aos lojistas, ressaltando os esforços em busca de um acordo, apesar das discordâncias entre os bancos.
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