O presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, participou do Programa Cidade em Foco, da Rede Pernambuco de Rádios. Na ocasião, o gestor falou dos desafios que é estar à frente da companhia.
Para ele, a Compesa tem uma grande missão, que é abastecer as casas dos pernambucanos, além de cuidar do tratamento do esgoto. “A demanda por água é crescente. A urbanização, os conglomerados urbanos foram atraindo uma maior demanda por água e há uma dívida histórica, não só de Pernambuco, uma dívida do Estado brasileiro com a sua população pela universalização da água e pela universalização do sistema de esgoto”, explanou.
Para melhorar a situação em Pernambuco, Alex garantiu que a governadora Raquel Lyra está buscando recursos desde o início de seu mandato. “Buscou recursos internacionais, eu inclusive participei de esforços recentes na busca de recursos junto ao banco dos Brics [grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul], na tentativa de buscar um financiamento de R$ 1,1 bilhão para que a gente pudesse ir ao encontro desse grande desafio”, revela.
Dentre as grandes dificuldades enfrentadas pela Compesa está o déficit hídrico que – segundo explanado por Alex Campos – se dá pela própria natureza, sem culpa de nenhum governante. “Um cidadão pernambucano vai ter menos água naturalmente do que qualquer brasileiro. Isso demanda um esforço muito grande pra gente buscar água longe”.
O gestor destaca que, a partir do mês de janeiro do próximo ano, a companhia deve começar a espalhar por Pernambuco diversas ações para melhorar a estrutura da Compesa.
Privatização
A Câmara de Vereadores do Recife realizou uma audiência pública para discutir a possibilidade de privatização da companhia e as consequências de uma possível concessão do órgão – que já foi ventilada pela governadora Raquel Lyra.
No entanto, o presidente negou a possibilidade de privatização. “A Compesa não vai ser privatizada por uma razão simples: operar água, tratar água é uma operação tão cara, tão difícil, que demanda tanto esforço financeiro, que é uma operação que não é nem interessante para a iniciativa privada”, explicou.
No entanto, ele salienta que a parte da distribuição da água é uma etapa do serviço que pode ser concedida. “A gente atrairia um volume importante de recursos da iniciativa privada para fazer fáceis esses desafios. Na parte de distribuir água, de abastecer a casa das pessoas, isso sim é possível atrair a iniciativa privada, mas não com a privatização, não para comprar a Compesa. A Compesa não vai ser vendida, vai continuar de pé e grande”, acentuou.
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