João e Miguel reeditam aliança
Nas eleições de 2006, uma figura foi fundamental para a construção do projeto de Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas. Trata-se de Fernando Bezerra Coelho, então prefeito de Petrolina, que atuou no sentido de irradiar a campanha socialista pelo sertão do São Francisco. Uma campanha inicialmente desacreditada, tomou corpo e acabou vitoriosa transformando para sempre a política pernambucana. Com a vitória de Eduardo, Fernando deixou a prefeitura para tornar-se secretário de Desenvolvimento Econômico. Quatro anos depois, por indicação do próprio Eduardo, virou ministro da Integração Nacional.
A aliança durou até 2014, quando Eduardo faleceu num acidente aéreo, mas ainda assim havia escolhido FBC para ser o senador da Frente Popular e que depois seria eleito. Com a vitória de Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho, PSB e o clã de Petrolina tiveram altos e baixos, até que em 2018, já no MDB, Fernando apoiou a candidatura de Armando Monteiro.
Nas eleições de 2022, enfim os Coelho tiveram sua tão sonhada candidatura ao governo de Pernambuco, mas Miguel Coelho acabou na quinta colocação. Declarou voto em Raquel Lyra, mas ela não o aproveitou na sua equipe, o que culminou no distanciamento de ambos. Esse distanciamento abriu caminho para uma reaproximação do clã de Petrolina com o prefeito João Campos, que poderá desembocar na indicação de um integrante do grupo para o secretariado do prefeito.
O próprio Miguel Coelho está cotado para assumir a função, e com isso eles selariam uma aliança para 2024 e consequentemente para 2026, onde o próprio Miguel poderia ser candidato a senador na chapa encabeçada por João Campos, caso o socialista decida disputar o Palácio do Campo das Princesas.
Fratura – A relação entre a governadora Raquel Lyra e o ex-prefeito Miguel Coelho não era boa. Desde a pré-campanha ao Palácio do Campo das Princesas que as sequelas ficaram. Raquel não quis ter Miguel em seu secretariado e quando viu a movimentação dos Coelho em torno do PSD, tratou de atrair André de Paula para a sua aliança. Diante de tamanha frieza por parte da governadora, Miguel Coelho e seu grupo decidiram trilhar o caminho de volta para a Frente Popular.
Opções – Além do próprio Miguel ser secretário, há mais duas opções no radar. Se a escolha for técnica, pode ser o advogado Wagner Maciel, se for política, pode ser o deputado estadual Antônio Coelho. Com essa alternativa, Edson Vieira voltaria à Alepe pelas mãos de João Campos.
Avante – O próximo partido a ser aquinhoado pela governadora Raquel Lyra é o Avante do deputado federal Waldemar Oliveira. Eles já tiveram algumas conversas no Palácio do Campo das Princesas e estão cada vez mais sintonizados. A aliança seria selada com a entrega de algum espaço relevante ao grupo, que também tem o presidente e ex-deputado Sebastião Oliveira, que foi candidato a vice-governador na chapa de Marília Arraes.
Inocente quer saber – Quando Raquel Lyra oficializará a entrada do Avante em seu governo?
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