Morro Branco, uma das praias mais famosas e frequentadas do Brasil, está em destaque em um ranking global das praias que mais encurtarão até o ano de 2100. A análise foi conduzida pelo site de acomodações Hawaiian Islands em julho, com base em dados provenientes de um estudo do Centro Conjunto de Pesquisa da Comissão Europeia.
A avaliação teve como parâmetro os critérios estabelecidos pelos pesquisadores para calcular a extensão de faixa de areia que será perdida pelas dez praias mais bem avaliadas de cada país, conforme indicado no site Tripadvisor.
As conclusões do estudo revelaram um ranking das praias mais populares que estão sendo impactadas globalmente pela ação humana, onde fatores como mudanças climáticas, erosão natural e a intervenção artificial (associada, por exemplo, ao excesso de construções à beira-mar) foram identificados como principais causadores do encurtamento das praias.
No cenário sul-americano, as praias brasileiras assumiram a liderança das mais afetadas, com destaque para uma região específica: três das cinco praias que mais perderão espaço até 2100 estão concentradas em um trecho de apenas 35 km ao sul de Recife, Pernambuco.
O Jornal Pan-Americano de Ciências Aquáticas informou que cerca de 81,8% das edificações urbanas na cidade de Recife encontram-se a menos de 30 metros da linha costeira, possivelmente contribuindo para impactos nas formações naturais. A seguir, o ranking das cinco praias mais afetadas na América do Sul:
1. Praia de Morro Branco (Beberibe, CE) – Encolherá em: 224,6 metros
2. Praia dos Carneiros (Tamandaré, PE) – Encolherá em: 166,4 metros
3. Porto de Galinhas (Ipojuca, PE) – Encolherá em: 146,1 metros
4. Ponta Negra (Natal, RN) – Encolherá em: 141,5 metros
5. Praia de Muro Alto (Ipojuca, PE) – Encolherá em: 132,5 metros
Além dessas praias, o ranking ainda inclui duas representantes nacionais entre as 15 praias do continente com previsão de perda significativa de faixa de areia: a Praia do Gunga, em Roteiro (AL), ocupando a 10ª posição com uma redução estimada de 63,3 metros, e a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), em 13ª colocação com perda prevista de 47,3 metros de sua costa.
O encurtamento das praias e os desafios enfrentados em relação à erosão costeira se configuram como um tema crucial para o debate ambiental e de gestão do litoral brasileiro nas próximas décadas. A preservação desses cenários naturais icônicos demandará ações efetivas para mitigar os impactos decorrentes das mudanças climáticas e da interferência humana.
Rodrigo Monteiro. diz
Srº Edmar Lyra, se for possível confira pessoalmente alguns trechos das praias daqui de Paulista, em especial onde foi construído aquela ” escada ” de concreto a partir do Forte de Pau Amarelo, durante a gestão do saudoso Eduardo Campos, onde prometia ” conter ” o avanço do Mar.