Horas antes do anúncio oficial, uma divergência de informações surgiu em relação ao novo presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Enquanto a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo ainda não tratava do assunto e que não havia conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, anunciou que o economista Marcio Pochmann assumiria o cargo.
Em entrevista à GloboNews, Tebet enfatizou que discutir o nome do novo presidente do IBGE “no momento certo e com a pessoa certa” seria respeitar o ciclo do atual presidente que ainda está no cargo.
No entanto, contradizendo as declarações da ministra, Pimenta confirmou que Pochmann será o novo presidente do IBGE. O economista, filiado ao PT, tem experiência em presidir a Fundação Perseu Abramo e o Instituto Lula, ambos ligados ao partido, além de ter atuado como presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A indicação de Pochmann para a presidência do IBGE gerou debates, uma vez que sua gestão no Ipea foi criticada internamente por supostamente aparelhar o órgão e conduzir uma administração mais ideológica.
O IBGE é responsável por fornecer dados fundamentais para a criação de políticas públicas em diferentes esferas governamentais, federal, estadual e municipal, e sua presidência é um cargo estratégico para a condução das atividades do instituto.
Atualmente, a autarquia está sob a presidência temporária de Cimar Azeredo, diretor de pesquisa. Não há informações sobre a data de posse do novo presidente.
As informações contraditórias entre os ministérios levantaram questionamentos sobre a definição do novo presidente do IBGE e trouxeram à tona o debate sobre a importância e a responsabilidade do cargo no órgão que desempenha um papel essencial na produção de estatísticas e informações para o país.
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