No primeiro semestre do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), houve uma mudança no primeiro escalão com a saída do general Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele pediu demissão após a divulgação de imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto, em janeiro, em que foi filmado caminhando enquanto extremistas depredavam o prédio.
Apesar dessa mudança, o início do governo de Lula 3º foi marcado por menos alterações ministeriais do que nos primeiros mandatos de Fernando Henrique Cardoso e do próprio Lula. Em ambos os casos, nenhum ministro deixou o governo no primeiro semestre. No entanto, existem mudanças certas e em curso na Esplanada dos Ministérios do governo petista.
No Ministério do Turismo, a ministra Daniela Carneiro, do União Brasil, será substituída pelo deputado federal Celso Sabino, também do União Brasil-PA. O marido de Daniela, o prefeito de Belford Roxo (RJ) Waguinho, apoiou a eleição de Lula, mas deixou o União Brasil e filiou-se ao Republicanos. Daniela continua no União Brasil, embora o partido não a identifique como integrante do grupo.
No Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, senador eleito pelo PT do Piauí, deixa o cargo para reassumir sua posição no Congresso. Ele será substituído pelo deputado federal André Fufuca, do PP-MA, que é do Centrão. Fufuca esteve ao lado de Flávio Dino no processo eleitoral de 2022, mas agora integra o governo de Lula. Essa nomeação pode ser vista como uma estratégia de Lula para fortalecer sua base no Centrão.
No Ministério dos Esportes, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser será substituída pelo deputado federal Silvio Costa Filho, do Republicanos-PE. Silvio Costa Filho é filho de Silvio Costa, um político tradicional de Pernambuco que apoia Lula e defende a entrada do Republicanos no governo federal.
Comparando com governos anteriores, no mesmo período de 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro já havia demitido 4 ministros. No entanto, considerando apenas as demissões sem extinções de pastas, os números de Bolsonaro ficam abaixo das reformas ministeriais de presidentes quando assumiram seus segundos mandatos.
Em resumo, o governo de Lula no primeiro semestre apresentou mudanças ministeriais, embora em menor escala do que governos anteriores. As alterações são estratégicas para fortalecer a base de apoio e dar continuidade às políticas e agendas propostas pelo presidente.
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