O deputado federal Lucas Ramos deu início a uma forte defesa pela prorrogação do Regime Automotivo Regional do Nordeste. O parlamentar usou a tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, para definir a política pública como “estratégica para geração de emprego e renda e combate às desigualdades regionais” e “fundamental para criar as condições de manter o Brasil, com o Nordeste tendo papel de protagonismo, na vanguarda da tecnologia e da competitividade dos mercados automotivo e de autopeças”.
Lucas Ramos citou em seu discurso estatísticas recentes, compiladas por um estudo da Consultoria Ceplan, que mostram que o Polo Automotivo da Stellantis, em Goiana, na Zona da Mata Norte, e o complexo fabril de baterias da Moura, em Belo Jardim, no Agreste, têm alavancado “um processo de transformação social inédito” no Estado. E defendeu que a Câmara dos Deputados precisa liderar o debate sobre a prorrogação do Regime Automotivo, da mesma forma que capitaneou a formatação de uma robusta proposta de Reforma Tributária.
O deputado federal explicou que os benefícios, que vigoram até dezembro de 2025, garantiram a implantação da indústria automotiva em Pernambuco e permitiram a expansão das operações do setor de autopeças, tornando ambas referências mundiais.
O Polo Automotivo da Stellantis, com a fábrica Jeep e seus 34 fornecedores integrados, é um dos mais modernos do planeta. E o polo produtivo de baterias Moura é o maior da América do Sul.
“A prorrogação do Regime Automotivo visa assegurar previsibilidade e segurança jurídica para que fabricantes de automóveis e autopeças iniciem um novo e vigoroso ciclo de investimentos no Nordeste, que tem como horizonte os próximos dez anos, gerando mais emprego e renda na região”, reforçou.
IMPACTO SOCIOECONÔMICO
O Polo Automotivo de Goiana da Stellantis, que reúne a fábrica Jeep e um parque de fornecedores integrado, foi responsável por garantir que esta cidade da Zona da Mata Norte apresentasse, anualmente, ganhos de participação na economia estadual. Saindo da 13ª posição em 2010, para a 4ª posição no ranking do PIB pernambucano, em 2019.
Além disso, cerca de 21% dos trabalhadores com carteira assinada são residentes em Goiana e 50% são oriundos de outras cidades da chamada Área de Influência do Polo Automotivo, formada por outros nove municípios.
Em outra ponta, no segmento de autopeças, os aportes realizados pelo Grupo Moura nos últimos 12 anos em seu complexo fabril na cidade de Belo Jardim, no interior do Nordeste, consolidaram a região como maior polo produtivo de baterias da América do Sul. É o Nordeste brasileiro no mapa mundial do mercado de autopeças. Por conta desse vigoroso movimento, hoje, Belo Jardim tem o 13º maior PIB de Pernambuco.
Dos empregos formais da cidade, 20% ou mais de 4 mil postos de trabalho são gerados diretamente pela empresa. A Moura é ainda responsável por 33% da massa salarial municipal e sua folha de pagamentos injeta, anualmente, mais de R$ 110 milhões na economia local.
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